Análise de viabilidade econômica da alocação de usina: estudo de caso na Universidade de Brasília

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo analisar a viabilidade econômica da instalação de uma usina fotovoltaica na Universidade de Brasília, considerando as modalidades de mercado livre (ACL) e mercado regulado (ACR). O estudo foi baseado no levantamento do consumo da instituição ao longo de 2023, tomando como referência a maior fatura de energia do período. O dimensionamento proposto prevê uma usina de 1,3 MWp, respeitando o limite regulatório de 3 MW, sendo que atualmente 1,7 MWp já estão em operação. A metodologia adotada incluiu a análise de indicadores financeiros para avaliar o melhor cenário, como fluxo de caixa, Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno, Payback simples, Payback descontado e Índice de Rentabilidade, a fim de comparar custos e retornos para os dois modelos de negócio. Para a modalidade de mercado livre, foi considerada a alocação de usina, na qual há apenas o custo pelo MWh consumido. No mercado regulado, a alternativa analisada foi a implantação de uma usina solar própria. Os resultados indicaram que a instalação da usina solar no mercado regulado atenderia 15,24% do consumo analisado, proporcionando uma redução de R$ 204.237,08 na fatura de energia, equivalente a 18,51% de economia. O Valor Presente Líquido do projeto se mostrou positivo, confirmando sua viabilidade econômica, enquanto a Taxa Interna de Retorno foi de 50%, superando a taxa mínima de atratividade de 7,25%, com retorno estimado em 2,39 anos. Já a alocação de usina no mercado livre atenderia aproximadamente 49% do consumo atual, reduzindo os custos da fatura em 39,84%, sem necessidade de investimento inicial e gerando uma economia anual de R$ 2.737.886,89. Ambas as modalidades demonstraram vantagens na redução de custos, porém a alocação de usina se destacou por apresentar maior rentabilidade e retorno imediato, tornando-se a opção mais vantajosa.