Quantificação de sideróforos em Klebsiella pneumoniae e Klebsiella variicola na presença de diferentes fontes de carbono

Abstract

Bactérias do gênero Klebsiella são foco de grande preocupação na saúde global, principalmente por sua associação a infecções graves e alta capacidade de adquirir resistência a antimicrobianos. Dentre as espécies desse gênero, Klebsiella pneumoniae e Klebsiella variicola se destacam por serem oportunistas e infectarem pacientes internados em Unidades de Tratamento Intensivo. Sua capacidade de promover infecção está relacionada à expressão de diversos fator de virulência, tais como formação de biofilme, fimbrias e produção de sideróforos. Em UTIs, a alimentação é cuidadosamente balanceada para atender às necessidades energéticas do paciente sem sobrecarregar o metabolismo, considerando as condições clínicas específicas, incluindo açucares, como sorbitol e lactose. Contudo, esses açucares poderiam ter outro impacto? Alguns estudos anteriores mostram como as fontes de carbono podem não apenas sustentar o crescimento bacteriano, mas também influenciar diretamente a expressão de determinantes de virulência, entre eles a expressão de sideróforos e dada a sua relevância na sobrevivência bacteriana e na colonização de hospedeiros, entender esses mecanismos é crucial para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas O objetivo dessa pesquisa é relatar uma possível relação entre diferentes fontes de carbono e expressão de sideróforos em cepas bacterianas de K. pneumoniae e K. variicola obtidas de pacientes com bacteremia do Hospital Universitário de Brasília como maneira de catalogar mecanismos facilitadores de virulência bacteriana em microrganismos patogênicos que são preocupação na saúde global. Como resultado, a partir de análises estatísticas por meio de ANOVA e Teste de Tukey, foi observado que diferentes isolados em diferentes açucares foram divergentemente quantificados um do outro, mostrando que há uma influência da fonte de carbono nesse fator de virulência específico. Contudo, são necessários estudos adicionais como proteômica e sequenciamento de genes para compreender melhor esse mecanismo, além de realizar um controle de qualidade mais abrangente que garanta que os resultados divergentes estão relacionados a expressão de sideróforos, excluindo outras possibilidades.