Título: | Trabalho, mulher e natureza nas margens da sociedade e do cerrado : a sustentabilidade no extrativismo do coco babaçu no povoado mangueira, Maranhão |
Autor(es): | Nascimento, Gilnária de Oliveira |
Orientador(es): | Layrargues, Philippe Pomier |
Assunto: | Extrativismo Ecofeminismo Mulheres do campo Coco - babaçú |
Data de apresentação: | 2-Dez-2019 |
Data de publicação: | 12-Fev-2025 |
Referência: | NASCIMENTO, Gilnária de Oliveira. Trabalho, mulher e natureza nas margens da sociedade e do cerrado: a sustentabilidade no extrativismo do coco babaçu no povoado mangueira, Maranhão. 2024. 61 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão do Agronegócio) — Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2019. |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo verificar a importância da atividade extrativista do coco
babaçu para a preservação dos babaçuais e para a manutenção da identidade das mulheres
quebradeiras de coco, frente à expansão urbana e agropecuária no Cerrado. Depois de
contextualizar os povos tradicionais e as matas de cocais presentes no bioma Cerrado,
exploramos teoricamente a correlação do perfil dessas mulheres quebradeiras de coco babaçu
com o Ecofeminismo e com o Ecologismo Popular, tendo em vista a fundamentação conceitual
apropriada para orientar a elaboração do instrumento de pesquisa de forma coerente com os
objetivos do estudo. Para tanto, foi realizada uma entrevista junto a três quebradeiras de coco
do povoado Mangueira, localizado no município de Vitorino Freire, Maranhão; estado onde se
concentram as maiores porções florestais dessa palmeira, buscando entender as lógicas de vida
e sobrevivência em que essas quebradeiras de coco babaçu estão inseridas, e as práticas de
sustentabilidade e lutas pela preservação do babaçu que realizam. Identificamos que
dependendo do cenário em que cada comunidade de quebradeira de coco está inserida, há uma
maneira diferente de agir: as quebradeiras que não tem acesso às palmeiras de babaçu se
engajam politicamente para ter acesso as terras onde estão localizadas as palmeiras, já as que
tem acesso sem restrições, como é o caso das mulheres do povoado Mangueira, predomina a
luta pela valorização econômica do babaçu e pelas condições de trabalho. Elas entendem a
natureza como uma dádiva, pois é dali que retiram seu sustento, se percebem como ecologistas
e afirmam que proteger o babaçual equivale a proteger o próprio meio de vida, corroborando a
identidade do ecologismo popular. |
Abstract: | This work aims to verify the importance of the babaçu coconut extraction activity for the
preservation of babaçu and the maintenance of the identity of coconut breakers women, in view
of the urban and agricultural expansion in the Cerrado. After contextualizing the traditional
peoples and coconut groves present in the Cerrado biome, we theoretically explored the
correlation of the profile of these babaçu coconut breakers women with Ecofeminism and
Popular Ecology, in view of the appropriate conceptual basis to guide the elaboration of the
instrument. consistent with the objectives of the study. To this end, an interview was conducted
with three coconut breakers from Mangueira village, located in Vitorino Freire, Maranhão; state
where the largest forest portions of this palm tree are concentrated, seeking to understand the
logic of life and survival in which these babaçu coconut breakers are inserted, and the
sustainability practices and struggles for the preservation of babaçu that they performer. We
identified that depending on the scenario in which each coconut breaker community is inserted,
there is a different way of acting: the breakers that do not have access to babaçu palm trees
engage politically to gain access to the lands where the palm trees are located, as It has
unrestricted access, as is the case with women from Mangueira village. The struggle for the
economic valorization of babaçu and working conditions predominates. They understand nature
as a gift, because that's where they derive their livelihoods, perceive themselves as ecologists,
and claim that protecting the babaçu equals protecting their livelihoods, corroborating the
identity of popular ecologism. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, 2019. |
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Aparece na Coleção: | Gestão do Agronegócio - Campus UnB Planaltina
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