Resumo: | Introdução: A pandemia ocasionada pela COVID-19 rapidamente se espalhou para outros países do mundo e causou considerável impacto nos sistemas de saúde. O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas (RAS) e observa-se que existe uma considerável desigualdade entre as RAS que impactam no planejamento e na organização do acompanhamento nas Regiões de Saúde de referência. Durante a pandemia, estas características despertaram o interesse de conhecer a procedência dos pacientes internados e o impacto da COVID-19 nestas regiões. Objetivo: Mapear a procedência dos pacientes diagnosticados com COVID, internados no período de abril de 2020 a agosto de 2021 em um hospital de ensino. Método: estudo exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa desenvolvido em duas etapas. Na primeira realizou-se análise retrospectiva dos registros dos pacientes internados com diagnóstico positivo, suspeito ou negativo para COVID-19. Na segunda etapa, foi realizado um recorte do universo dos pacientes internados, no sentido de aprofundar as variáveis comorbidades e sequelas pós COVID-19. Resultados: No período de abril de 2020 a agosto de 2021, foram identificados 419 pacientes internados com diagnóstico positivo. A região administrativa de Ceilândia, representou 12,8% do total de pacientes internados. Observou-se que sete participantes (43,8%) não tinham nenhum tipo de doença pré-existente, entretanto, 15 (93,8%) relataram ter apresentado sequelas pós COVID-19. Dentre a variável comorbidades, hipertensão (5/25,0%) e diabetes tipo 2 (3/15,0%), foram as mais relatadas e dentre a variável sequela, cansaço (5/7,5%) e alteração de memória (5/7,5%), foram as mais citadas. Conclusão: O maior quantitativo de pacientes com diagnóstico de COVID-19 eram procedentes da cidade de Ceilândia . Este espaço geográfico possui a maior densidade populacional dentre as Regiões Administrativas do Distrito Federal e com desigualdade social e econômica importantes. O mapeamento aponta para possível impacto no sistema de saúde desta região, levando em conta as comorbidades dos pacientes assim como, as sequelas decorrentes da COVID-19, colocando em evidência a necessidade de um adequado planejamento em saúde para a continuidade/acompanhamento. |