Análise dos indicadores de endividamento das Santas Casas no período da pandemia de Covid-19

Abstract

Este estudo tem como objetivo analisar os indicadores de endividamento das Santas Casas de Misericórdia durante a pandemia de COVID-19. A pesquisa é de natureza descritiva e utiliza uma amostra de conveniência composta por cinco hospitais que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). As instituições analisadas são localizadas em diferentes regiões do Brasil, abrangendo hospitais de grande porte com mais de 150 leitos. A análise focou nos indicadores de Composição do Endividamento (CE), Índice de Endividamento Geral (EG), Índice de Cobertura de Juros (ICJ) e Endividamento (END). Os dados foram extraídos dos balanços patrimoniais e demonstrações de resultados dos exercícios de 2020 a 2022. Durante a pandemia, os hospitais enfrentaram aumentos significativos nos níveis de endividamento devido à alta demanda por serviços de saúde e à necessidade de financiamentos externos para manter suas operações. Os resultados indicam que houve uma variação considerável entre as instituições no que diz respeito ao endividamento de curto prazo e à capacidade de pagamento de juros. Enquanto algumas instituições mostraram uma gestão financeira eficaz, com reduções nos níveis de endividamento nos anos subsequentes, outras enfrentaram dificuldades persistentes, refletindo a precariedade financeira e a dependência de capital de terceiros. O estudo conclui que embora a pandemia tenha exacerbado os desafios financeiros das Santas Casas, algumas conseguiram implementar estratégias que resultaram na melhoria de sua situação financeira. Essas estratégias incluíram medidas de contenção de despesas e o aumento das receitas por meio de repasses governamentais e doações.