Biomateriais empregados como cimentos endodônticos : agregado de trióxido mineral (MTA), cimento biocerâmico, cimento à base de silicato de cálcio ou cimento hidráulico? : uma revisão de literatura

Abstract

Diferentes tipos de cimentos endodônticos estão disponíveis para o Cirurgião-Dentista, porém, nos últimos anos, novos cimentos bioativos apresentados nas consistências densa e pastosa foram introduzidos no mercado. Em virtude das nomenclaturas atribuídas pelos fabricantes, controvérsias têm sido geradas quanto à classificação e aplicação clínica desses novos biomateriais. O objetivo dessa revisão foi apresentar a forma como a literatura tem abordado a classificação desses novos cimentos endodônticos bioativos. A literatura contemporânea tem utilizado diversos critérios para essa classificação, como composição ou reação química e, até mesmo, a aplicação clínica desses biomateriais. Nomenclaturas como “cimentos de agregado de trióxido mineral (MTA)”, “cimentos biocerâmicos”, “cimentos à base de silicato de cálcio” e “cimentos hidráulicos”, ao invés de esclarecerem, acabam por gerar mais dúvidas, pois não seguem os tradicionais critérios científicos adotados na classificação de demais outros materiais dentários, que são classificados basicamente com base em suas composições; nem cumprem o papel de definir uma classe específica para o material, gerando incertezas aos profissionais e estudantes de Odontologia. Assim, uma classificação com base na estrita composição química de cimentos endodônticos bioativos parece ser mais clara e propícia para definir esses biomateriais de uso endodôntico.