Determinação dos intervalos de referência hematológicos e bioquímicos de tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) de cativeiro e vida livre de Brasília – DF

Abstract

O Myrmecophaga tridactyla, mamífero silvestre pertencente à superordem dos Xenarthras, da ordem Pilosa, tem sua origem nas Américas Central até Sul. Com o aumento do atendimento destes animais em centros de triagem devido às pressões antrópicas, torna-se crucial estabelecer valores de referência para hemograma e bioquímica dessa espécie e de outras similares. Este estudo visa estabelecer parâmetros hematológicos e bioquímicos para tamanduás-bandeira de cativeiro e vida livre em Brasília (DF). Para isso, amostras de sangue de nove animais foram coletadas e processadas no Laboratório de Patologia Clínica Veterinária da Universidade de Brasília (Hvet – UnB). As médias e desvios padrão encontrados nas análises hematológicas foram: Hemácias (x10^6/µL) 2.30 ± 0.30; Hemoglobina (g/dL) 12.64 ± 1.96; Volume Globular (%) 39.13 ± 5.02; VCM (fL) 171.88 ± 27.34; CHGM (g/dL) 32.00 ± 1.60; Leucócitos totais (x 10³/µL) 8.000 ± 2082.9; Neutrófilos 5.034 ± 1546.5; Eosinófilos 879 ± 710.000; Basófilos 22 ± 41.90; Monócitos 117 ± 112.97; Linfócitos 1.985 ± 855.80; Plaquetas 244.666 ± 112291.2; Proteínas plasmáticas totais (g/dL) 6,63 ± 0,39. Quanto ao perfil bioquímico, as médias e desvios padrão encontrados foram: Albumina (mg/dL) 2.70 ± 0.41; Creatinina (mg/dL) 1.17 ± 0.66; Fosfatase alcalina (UI/L) 42.33 ± 56.53; GGT (UI/L) 23.29 ± 10.32; ALT (UI/L) 72.50 ± 34.01; AST (UI/L) 98.67 ± 135.84; Ureia (mg/dL) 46.25 ± 19.66; CK (UI/L) 147.58 ± 234.61. Embora muitos desses valores se assemelhem aos encontrados em trabalhos anteriores, algumas alterações podem ser atribuídas a fatores ambientais, genéticos, nutricionais, manejo e estresse dos animais. Destaca-se a importância de pesquisas adicionais para contribuir com a conservação e manutenção desses animais em cativeiro e na vida livre.