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Título: O conceito de tempo na Enéada III. 7 de Plotino
Autor(es): Lima, Wayner de Andrade
Orientador(es): Calheiros, Alex
Assunto: Plotino
Agostinho, Santo, Bispo de Hipona, 354-430
Filosofia antiga
Tempo
Data de apresentação: 19-Out-2012
Data de publicação: 12-Nov-2012
Referência: LIMA, Wayner de Andrade. O conceito de tempo na Enéada III. 7 de Plotino. 2012. 34 f. Monografia (Bacharelado/Licenciatura em Filosofia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
Resumo: Plotino, expoente da filosofia antiga tardia, produziu uma grande quantidade de textos sobre as mais diversas temáticas. Entre os mais conhecidos, está aquele onde o filósofo expõe a sua teoria sobre tempo. A conhecida Enéada, tem fortes traços da influência da tradição grega clássica, sendo destaque as referencias diretas a obra de Platão, como por exemplo diálogo Timeu, e serviu na era medieval como uma arca que preservou, ao menos indiretamente, a tradição filosófica grega que se viu enfraquecida nessa época. A tão influente teoria idealista de Platão atingiu a muitos pensadores na baixa idade média através não só da obra de Plotino, como através de outros textos que se perderam ao longo do tempo ou sequer figuram na lista de obras filosóficas. De forma clara, o cristianismo fez uso do idealismo platônico para fundamentar sua teologia, e contagiar a tantos intelectuais da época com os princípios do Evangelho. Agostinho de Hipona é um excelente exemplo de pensador cristão que faz uso exaustivo dos textos de Platão. Sua obra Confissões, dividida em duas partes, sendo a primeira voltada a confissão biográfica, e a segunda um tratado filosófico acerca de diversos temas através da ótica cristã, apresenta no Livro XI, uma bela dissertação sobre o tempo, onde se mostram fortes inspirações neoplatônicas. Muitos estudiosos apontam a existência de uma veia neoplatonica de Agostinho, e defende-se que sua obra é uma forma cristianizada da obra de Plotino e de Platão, ou como outros defendem, que Agostinho apossa-se daquilo que lhe convém para explicar sua fé, e abre mão do não lhe é útil. Pesquisas sobre este assunto são raras em nossa língua, sendo insuficientes para responder às tantas duvidas que surjam ao por lado a lado as obras desses dois filósofos. De maneira que, ao debruçar-me sobre tal questão me proponho a uma análise do tema, como também espero sanar algumas dúvidas provenientes do confronto entre a mais notável tese proveniente da antiguidade tardia acerca do tempo, e a tão conhecida tese de Agostinho de Hipona. É nesse contexto que se situa a pesquisa. Uma possível relação entre a obra de Plotino e Agostinho, e as conseqüências dessa relação. Questões que norteiam o trabalho são: Há uma relação clara entre as duas obras? Até que ponto Agostinho assume o pensamento de Plotino em sua obra? As influências do platonismo na obra de Agostinho passaram por Plotino? Essas entre tantas outras questões serão tratadas de forma a buscar respostas, tendo como apoio os comentários presentes na bibliografia indicada. Meu objetivo geral é definir em que pontos e momentos do texto de Agostinho, há a influência da tradição clássica, quer seja das obras dos diversos autores, ou especificamente de Plotino. E no caso da influência dos autores clássicos, se essa influência passa por Plotino. O texto se divide em seções, a primeira será voltada à investigação e definição da teoria do tempo de Plotino e das fontes por ele utilizadas. Nesse primeiro bloco, não me dedicarei a uma análise profunda, dada a existência de vasta bibliografia sobre o tema. Entretanto, a utilização de determinados termos terá uma atenção especial, pois serão cruciais para o desenvolvimento das seções seguintes. A bibliografia básica dessa seção serão traduções da Enéada III, 7, principalmente a tradução espanhola de Jesús Igal, e a tradução brasileira de José Baracat. A segunda seção constitui-se na breve apresentação da teoria agostiniana, na análise da obra à luz do neoplatonismo de Plotino. Grande parte dos comentadores citados na bibliografia refere-se a essa temática. Será de suma importância a questão da eternidade como diferente da atemporalidade, o salto que Agostinho executa, ao caracterizar o tempo como uma criatura de Deus, e não somente uma conseqüência ou acidente da natureza.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2012.
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