O suicídio feminino no romantismo português a partir da análise comparativa do conto “Às portas da eternidade” de Ana Plácido e do capítulo “O mosteiro” de Alexandre Herculano

Abstract

Esse trabalho busca, a partir da análise da temática do suícidio feminino abordada no romantismo português do século XIX, contida nas narrativas “Às portas da eternidade”, presente na obra Luz coada por ferros (1863) e "O Mosteiro" do livro Eurico, O presbítero (1844), fazer uma análise crítica e comparativa das obras de Ana Plácido e Alexandre Herculano. Dividido em cinco partes, o trabalho inicia com a introdução, contextualizando o romantismo português e destacando o papel do suicídio feminino nesse movimento literário. A segunda e terceira seção concentram-se na análise do capítulo "O Mosteiro" e "Às Portas da Eternidade"para compreender a representação do suicídio nas obras desses autores, explorando elementos como enredo, personagens e estilo narrativo que contribuem para a construção da cena de suicídio nessas obras. A quarta seção realiza uma análise comparativa entre "Às Portas da Eternidade" e "O Mosteiro", destacando possíveis influências mútuas e diferenças nas representações do suicídio nessas narrativas. A última seção apresenta considerações finais que sintetizam as análises realizadas, ressaltando como os autores abordaram o tema do suicídio feminino no romantismo português. Além disso, são apresentadas reflexões sobre o significado mais amplo dessas narrativas no contexto literário e social do século XIX.