Amor como resistência : um diálogo entre Christine de Pizan e Bell Hooks

Abstract

Este trabalho investiga o amor a partir de Christine de Pizan (1364-1430), e de bell hooks, escritora afro-americana da diáspora (1952-2021), filósofas que escrevem em tempos e espaços geográficos distintos. Ambas enfrentaram o patriarcado - e no caso de hooks, também o racismo – que ainda vigora na sociedade. Então, de que maneira o amor seria uma aposta para uma vida digna dos mais marginalizados, especialmente as mulheres em populações racializadas? O objetivo neste trabalho é discorrer sobre o amor como virtude, potência ética capaz de transformar a sociedade a partir da análise de obras de Pizan e hooks, na medida em que ambas autoras também alertam que as mulheres são bem mais ativas na prática de amar do que os homens. Por fim, o amor se apresenta como resistência, seja pela literatura que fomenta a esperança, ou pela construção de comunidades como espaços de cuidado e cura.