Resumo: | O movimento modernista literário representou, no Brasil, forte ruptura temática e estética. Especialmente na vertente Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, tal ruptura, apesar de declarada, retomava elementos da literatura anterior ao movimento, como temáticas sobre as origens do Brasil, aspectos estéticos anteriores (aos quais se opunha o Modernismo) e a própria linguagem arcaica, ainda que para negá-los, em uma nova e diversa leitura. Impulsionado pelas constantes mudanças sociais e políticas, assim como o movimento supracitado, explodia na música brasileira, anos depois (na década de 60), o movimento tropicalista, que comungava de diversas dicotomias presentes no modernismo, como o antigo X novo, o nacional X universal, etc. Chama à atenção a forma como as rupturas, cada qual em sua vertente, se deram de forma parecida, principalmente no que diz respeito ao novo nacionalismo proposto nos dois movimentos, o que aumentou consideravelmente os pontos de interseção entre eles. O presente trabalho se destina, portanto, a comparar o Manifesto e a obra intitulados “Pau-Brasil”, de Oswald de Andrade, e as músicas tropicalistas, especialmente as do disco-manifesto “Tropicália ou Panis et Circencis”, prioritariamente do ponto de vista nacionalista, com subsídio teórico acerca desses movimentos. |