Modelagem em nível de povoamento total e determinação da idade ótima de corte para eucalipto

Abstract

O objetivo deste trabalho foi Modelar em Nível de Povoamento Total (MPT) para determinar a rotação ótima de corte de um povoamento clonal de eucalipto, visando a melhor eficiência produtiva, econômica e financeira. Para alcançar esse objetivo, o estudo estabelece métodos para determinar a rotação silvicultural, avaliando curvas de crescimento para encontrar a idade ótima de rotação com base na produtividade máxima; analisar a rotação econômica considerando custos e benefícios para identificar a rotação que maximiza o lucro líquido, e calcular a rotação financeira utilizando o Benefício Periódico Equivalente (BPE) para diferentes ciclos de rotação. O povoamento estudado é composto por clones de Eucalyptus urophylla, plantados em janeiro de 2015 em espaçamento 3 x 2 m, totalizando 1500ha. Foram lançadas 30 parcelas permanentes, 1 a cada talhão de 50ha, remedidas nos anos 2019, 2020, 2021 e 2022. Com base nos levantamentos dos inventários florestais contínuos, foi realizado a classificação de Sítio pelo método da Curva-Guia, levando em consideração a altura dominante (Hdom) segundo Assmann (1970) e idade índice ou de referência igual a 7 anos. Posteriormente, modelou-se o crescimento e a produção em nível de povoamento total (MPT) para determinação das rotações silviculturais, econômicas e financeiras por classe de Sítio encontrada. Com base nos resultados deste trabalho, foram encontradas três classes de Sítio, sendo a classe I mais produtiva com Índice de Sítio (IS) igual a 30. Em termos de produção, o Sítio I teve 350.57, seguido do Sítio II com 343.52 e o último Sítio com uma produção de 311.80 metros cúbicos. Na rotação financeira, os critérios foram analisados para diferentes idades de rotação. No ano de corte determinado pelo BPE, retornou um valor de R$ 2,678.68 para o Sítio I, R$ 1,223.47 para o Sítio II e R$ 1,007.67 para o Sítio III. Acompanhado pela Taxa interna de Retorno Modificada de 24.16%, 14.72% e 12.98% para os Sítios I, II e III respectivamente. A integração de técnicas avançadas de modelagem com análises econômicas robustas promove uma gestão florestal eficiente, maximizando o aproveitamento dos recursos naturais e assegurando o desenvolvimento sustentável das indústrias florestais. A definição da rotação ótima, seja silvicultural, econômica ou financeira, é crucial para a sustentabilidade e rentabilidade dos projetos florestais. Foi realizada a análise de sensibilidade, com cenários de 20%, para mais e para menos, na produção, possibilitando verificar alterações nos BPE.