A influência da cultura visual do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste na formação crítica e emancipatória dos(as) educandos(as) dos anos finais do ensino fundamental.

Abstract

A presente pesquisa investigou as influências que as visualidades relacionadas ao Teatro de Bonecos Popular do Nordeste (TBPN) podem provocar na educação, especialmente, na formação dos(as) educandos(as) dos anos finais do Ensino Fundamental, a partir de uma prática educativa crítica e emancipatória. A educação pela cultura visual é um viés para entendermos o mundo a partir da cultura, da arte e da educação e que está intimamente ligada às questões de visualidades. O trabalho mostra que quando estamos imbricados nesse processo educativo nos tornamos indivíduos mais conscientes e preparados para solucionar problemas e entender melhor a vida que nos cerca e que nos transforma a todo instante. As estratégias utilizadas foram a partir da análise das visualidades do Mamulengo e como elas se relacionam com o processo educativo crítico. O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste (TBPN), mais conhecido como Mamulengo, traz características populares e revela de forma única a expressividade do cotidiano do povo nordestino desde a colonização do Brasil. O objeto de estudo foram as visualidades disponíveis na revista “Mamulengo”, publicada pela Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB) desde 1973, o recorte contou com asseis últimas publicações, relançadas a partir de 2020. Essa pesquisa elucida o valor do teatro de bonecos no âmbito escolar e a sua potencialidade no processo de socialização da criança e na condução de um processo libertador e de autorreconhecimento, por abordar temas ligados à luta, à fé, ao amor, à guerra e à liberdade. Esse estudo de caráter exploratório, foi realizado a partir de um levantamento bibliográfico e sistematizado a partir de documentos, legislações e artigos científicos. Por fim, esta pesquisa apresenta a importância do ensino das Artes Visuais a partir da Cultura Visual na formação humana, reiterando que é só a partir de uma educação crítica que conseguiremos transformar o ser biológico em um ser de cultura e, consequentemente, o mundo onde esse ser transformado habita.