Título: | A percepção de mulheres trans quanto à relação entre voz e expressão de gênero : um estudo qualitativo |
Autor(es): | Morais, Andreza Marques Silva, Vitória Ramires da |
Orientador(es): | Silva, Eduardo Magalhaes da |
Assunto: | Fonoaudiólogos - prática profissional Mulheres trans Gênero Saúde vocal |
Data de apresentação: | 17-Set-2022 |
Data de publicação: | 3-Set-2024 |
Referência: | MORAIS, Andreza Marques; SILVA, Vitória Ramires da. A percepção de mulheres trans quanto à relação entre voz e expressão de gênero: um estudo qualitativo. 2022. 41 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Fonoaudiologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Resumo: | Compreender a percepção de mulheres trans sobre a relação entre a voz e
a expressão de gênero em situações de comunicação cotidiana. Métodos: Estudo
qualitativo com quatro mulheres trans (25 a 31 anos), por meio de oficina orientada,
com duração média de 100 minutos, na qual foram mediadas práticas de
autopercepção vocal e os conceitos de psicodinâmica vocal. Os encontros gravados
foram transcritos e analisados pela Análise do Conteúdo de Bardin. Resultados: A
voz é caracterizada negativamente, não é ouvida como “feminina”, mas também não
é percebida como “masculina” pelos ouvintes, devendo se assemelhar à
personalidade e transmitir maior credibilidade e segurança. A depender da situação
de comunicação, usam-se “diferentes vozes” em situações em que se requer uma
maior autoridade. Uma voz feminina pode ser um padrão a ser atingido para
corroborar a identidade de gênero, além de ser a base de encorajamento à afirmação
de gênero com o qual a pessoa se reconhece. Conclusão: A voz é parte única e
pessoal do cotidiano de mulheres trans, com forte ligação entre gênero, experiências
vividas e comunicação, influenciando na relação dessas mulheres com a própria voz,
o conforto e a liberdade relacionados à sua comunicação, possibilidades de interação
e posicionamento social. |
Abstract: | To understand the perception of the relationship between voice and gender
expression in everyday communication situations of trans women. Methods:
Qualitative study with four trans women (25 to 31 years old), through a guided
workshop, with an average time of 100 minutes, about vocal self-perception practices
and the concepts of vocal psychodynamics. The recorded meetings were transcribed
and analyzed by Bardin's Content Analysis. Results: The voice is negatively
characterized, it is not heard as “feminine”, but also not perceived as “masculine” by
the listeners, and must resemble the personality and convey greater credibility and
security. Depending on the communication situation, “different voices” are used in
situations where greater authority is required. A female voice can be a standard to be
achieved to corroborate gender identity, in addition to being the basis for encouraging
the affirmation of gender with which the person recognizes herself. Conclusion: The
voice is a unique and personal part of the daily life of trans women, with a strong
connection between gender, lived experiences and communication, influencing these
women's relationship with their own voice, the comfort and freedom related to their
communication, possibilities of interaction and social positioning. |
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Aparece na Coleção: | Fonoaudiologia
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