Nematoides fitoparasitas : métodos de controle e mecanismos de sobrevivência

Abstract

A agricultura brasileira tem crescido consideravelmente em importância nas últimas décadas, conferindo ao país o ‘status’ de celeiro do mundo. De acordo com as projeções de crescimento da população mundial para os próximos anos, a produção de alimentos deverá ser mais eficiente no que tange ao ganho em produtividade e sustentabilidade, para continuar suprindo a demanda global. Nesse âmbito, o Brasil que é um país essencialmente agrícola, figura como um dos grandes ‘players’ da produção global de alimentos. Contudo, alguns entraves como intempéries climáticas e ocorrência de pragas, por exemplo, devem ser transpostos a fim de aumentar a produtividade e qualidade dos alimentos. Atualmente, um dos problemas mais preocupantes nos sistemas agrícolas é a ocorrência de fitonematoides, dada a complexidade de manejo desses organismos e dificuldade de erradicação após a sua introdução em uma área. A erradicação de fitonematoides em áreas agrícolas é dificultada pelas estratégias de sobrevivência adquiridas, pelos diferentes grupos de nematoides, durante o processo evolutivo. Tais estratégias consistem em manter o nematoide viável mesmo em condições adversas como, escassez hídrica, temperaturas extremas, solos com elevada salinidade, hipoxia, dentre outras. Conhecer as rotas metabólicas que desencadeiam esses processos, os ‘times’ e o ‘start’ que o nematoide precisa para recuperar a atividade e, o quanto pode durar estes mecanismos, são essenciais para a estruturação de manejo eficiente, baseado na biologia do patógeno. Nesse âmbito, foi de realizada uma revisão de literatura acerca dos métodos de controle e os diferentes mecanismos de sobrevivência de nematoides parasitas de plantas, visando elucidar quais métodos desencadeiam, mantém e cessam os processos metabólicos que viabilizam a ocorrência de tais mecanismos, e com isso, sintetizar informações que poderão auxiliar na tomada de decisão, no manejo eficiente desses fitoparasitas.