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Título: Audição e comportamento auditivo em crianças no TEA e neurotípicas
Autor(es): Silva, Natália Alves da
Macena, Nicole Emily Rodrigues
Orientador(es): Silva, Isabella Monteiro de Castro
Assunto: Hiperacusia
Transtorno do espectro autista
Crianças autistas
Data de apresentação: 15-Jul-2023
Data de publicação: 8-Ago-2024
Referência: SILVA, Natália Alves da; MACENA, Nicole Emily Rodrigues. Audição e comportamento auditivo em crianças no TEA e neurotípicas. 2023. 31 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Fonoaudiologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.
Resumo: Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento definido por comprometimentos na interação e comunicação social. Estudos, com o intuito de investigar diferenças no comportamento auditivo e na função das células ciliadas de crianças no TEA comparadas às com desenvolvimento típico, levantam a hipótese de que supostas diferenças sensoriais poderiam explicar comportamentos específicos ao som, presente em grande parte da população autista. Objetivo: Comparar achados audiológicos em crianças no TEA e neurotípicas e verificar associações com a presença de hiperacusia. Metodologia: A amostra contou com 30 crianças, sendo 15 com diagnóstico médico de TEA, de ambos os sexos, em idade pré-escolar e escolar, de escolas inclusivas ou especiais do DF, e 15 crianças neurotípicas para controle, pareadas em sexo e idade com o grupo estudo, de escolas regulares, públicas ou privadas, do DF. Os grupos passaram por triagem auditiva, contendo a realização do Exame de Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção (EOAPD), aplicação do Protocolo de Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (ASPA), no qual foi realizado em 28 crianças das 30 participantes. O protocolo inclui as provas de localização sonora com estímulo sonoro apresentado nas cinco direções, memória sequencial verbal (MSV) e memória sequencial não verbal (MSNV). Foi realizado um questionário com os pais sobre comportamentos interligados à queixa de hiperacusia para determinação da sua presença. Resultados: Foram encontradas diferenças significativas nos comportamentos auditivos avaliados pelo protocolo ASPA. O grupo TEA apresentou alteração nas tarefas de MSNV, MSV e na pesquisa do Reflexo Cocleopalpebral. No teste de emissões otoacústicas por produto de distorção houve diferença significativa entre indivíduos no TEA e neurotípicos, onde o grupo TEA apresentou amplitude maior nas frequências mais altas, enquanto o grupo controle apresentou relação sinal/ruído maior em todas as frequências. Em relação a hiperacusia, foi encontrado que o grupo TEA apresentou maior escore em relação a comportamentos de hiperacusia. Discussão: Com base na literatura, o presente estudo corrobora os achados quanto ao protocolo ASPA, onde foram encontradas diferenças entre TEA e crianças neurotípicas. Entretanto, no teste EOAPD, no presente estudo nenhuma das crianças de ambos os grupos apresentaram falha na EOAPD, o que contradiz os achados de outros estudos que verificaram um percentual de falhas nas emissões otoacústicas. Porém, vai de acordo a literatura ao serem encontradas diferenças entre os grupos. A hiperacusia apresentou resultados que vão de acordo com a literatura, onde o grupo TEA apresentou maior probabilidade em apresentar comportamentos de hiperacusia do que as crianças do grupo controle. Conclusão: Ao comparar os achados audiológicos das Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção, apesar de todas as relações sinal/ruído serem maiores no grupo controle,o grupo TEA apresentou maior amplitude em frequências mais altas, o que pode se correlacionar diretamente com o achado do questionário da hiperacusia. Ao comparar os achados da Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo, o grupo TEA apresentou alterações nas tarefas de MSNV, MSV e na busca pelo reflexo cocleopalpebral, indicando dificuldades comportamentais que podem estar associadas ao próprio Transtorno do Espectro Autista. No questionário de hiperacusia o grupo TEA apresentou um escore maior, com mais comportamentos de hiperacusia que também é uma das manifestações comuns no TEA.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, 2023.
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