Título: | Perfil socioeconômico dos agricultores com comunidades que sustentam a agricultura na Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto Bartolomeu, Distrito Federal |
Autor(es): | Cordenonsi, Pedro Barcellos |
Orientador(es): | Jacobson, Tamiel Khan Baiocchi |
Assunto: | Agroecologia Associações e cooperativas Economia solidária |
Data de apresentação: | 13-Jun-2019 |
Data de publicação: | 5-Ago-2024 |
Referência: | CORDENONSI, Pedro Barcellos. Perfil socioeconômico dos agricultores com comunidades que sustentam a agricultura na Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto Bartolomeu, Distrito Federal. 2019. 39 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão Ambiental) — Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Resumo: | Com o aumento da população, o crescimento econômico e o desenvolvimento
tecnológico das práticas agrícolas, a tecnologia e o capital substituíram
trabalhadores, trazendo consequências sociais negativas ao trabalhador do campo,
à segurança e à soberania alimentar. Em oposição aos pacotes da Revolução Verde,
a articulação de grupos agroecológicos, com propostas de interesses sociais e
ambientais, é vista como fonte de experimentação de futuros possíveis. Na década
de 70, surgiram as primeiras iniciativas de inovação social sustentável como
alternativa à cadeia de produção, distribuição e consumo de alimentos do mercado
convencional, e caracterizaram-se como Comunidades que Sustentam a Agricultura.
No Distrito Federal, em 2012, iniciou-se processo de implantação dessas
comunidades, que em 2018 totalizou, 28 comunidades. Em 2016, após um ano de
mutirões de força de trabalho e capacitações formou-se a Associação de Produtores
Agroecológicos do Alto Bartolomeu – APROSPERA. Iniciativa de impacto na difusão
das CSA’s. Em 2018, possuía 13 comunidades formadas pela APROSPERA. O
objetivo do presente estudo foi caracterizar socioeconomicamente e identificar
dificuldades e potencialidades dos agricultores envolvidos no processo de formação
e manutenção das comunidades. Foram aplicados questionários semiestruturados
participativos, tendo como amostra 13 agricultores de CSA’s na APROSPERA. Os
resultados evidenciaram idade avançada dos produtores, baixa escolaridade,
diversas formas de manejo, grande potencial para ampliação da produção,
associação entre produção animal e vegetal, possibilidade otimização de
mecanização através de trocas de serviços e falta de garantia na produção de
mudas. Foi observada a possibilidade de diversificação da produção com Plantas
Alimentícias Não-Convencionais (PANC) e identificamos melhorias através de
estratégias de o beneficiamento da produção e de modelos de gestão para auxiliar o
agricultor perante as potencialidades e desafios na produção. Foram destacados
problemas com plantas daninhas, ácaros, insetos, nematóides, fungos, bactérias e
vírus, seguidos de falta mão de obra, escassez de recursos hídricos, falta de
investimentos, dificuldades na produção de mudas, diversificação da produção e até
o aumento de números de coagricultores na CSA. Pode-se concluir que o modelo de
Comunidades que Sustentam a Agricultura pode alcançar renda bruta mensal de
mais de R$20.000,00 por família, favorecendo as famílias dos agricultores e
coprodutores, a segurança e soberania alimentar, praticando um estilo de agricultura
de base agroecológica, que permite viver da terra mitigando os impactos da
agricultura nos ecossistemas naturais. |
Abstract: | With population growth, economic growth and technological development of agricultural
practices, technology, and capital have replaced workers, bringing negative social
consequences to the farm worker, food security and food sovereignty. In opposition to
the packages of the Green Revolution, the articulation of agroecological groups, with
proposals of social and environmental interests, is seen as a source of experimentation
of possible futures. In the 1970s, the first initiatives of sustainable social innovation
emerged as an alternative to the food production, distribution and consumption chain of
the conventional market, and were characterized as Communities that Sustain
Agriculture. In the Federal District, in 2012, a process began to be implemented in these
communities, which in 2018 totaled 28 communities. In 2016, after a year of workforce
and training efforts, the Association of Agroecological Producers of Alto Bartolomeu -
APROSPERA was formed. Initiative to impact the dissemination of CSAs. By 2018, it
had 13 communities formed by APROSPERA. The objective of the present study was to
characterize socioeconomically and to identify difficulties and potentialities of farmers
involved in the process of formation and maintenance of communities. Participative
semi-structured questionnaires were applied, with 13 CSA's farmers in APROSPERA as
sample. The results evidenced the advanced age of the producers, low schooling,
several management forms, great potential for production expansion, association
between animal and vegetable production, possibility of optimization of mechanization
through service exchanges and lack of guarantee in the production of seedlings. The
possibility of diversifying production with Non-Conventional Food Plants (NFP) was
observed and we identified improvements through production improvement strategies
and management models to assist the farmer in the face of production potentialities and
challenges. Problems with weeds, mites, insects, nematodes, fungi, bacteria and viruses
were highlighted, followed by lack of labor, lack of water resources, lack of investments,
difficulties in seedling production, diversification of production and even increase in
numbers co-growers in the CSA.
It can be concluded that the model of Communities that Sustain Agriculture, when well
managed, can reach gross income of more than R $ 20,000.00 per property, favoring the
farmer, guaranteeing personal development, sovereignty and food security, using a form
of agriculture that allows the land to live by mitigating the impacts of agriculture on
ecosystems. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, 2019. |
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