Quantificação de cafeína em bebidas energéticas por ressonância magnética nuclear quantitativa de 1H

Abstract

O consumo de cafeína é muito popular em nossa sociedade, uma vez que ela é capaz de proporcionar benefícios no organismo humano, como o aumento da performance física, na redução da fadiga e no aumento de estado de alerta. Em busca desse estímulo advindo da absorção da cafeína no organismo, o consumo de bebidas energéticas tem aumentado. Contudo, o uso excessivo de cafeína também pode acarretar sérios problemas de saúde. Assim, estudos que envolvam análise e quantificação deste composto se fazem necessários para controle da quantidade de cafeína que o indivíduo está ingerindo. A espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) apresenta algumas vantagens na análise quantitativa de substâncias, como não precisar de um padrão de referência, fácil preparo de amostra e curto tempo de análise e foi incluída nas farmacopeias de vários países. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi determinar a concentração de cafeína em bebidas energéticas através de espectroscopia de RMNq de 1H a fim de verificar se os níveis desse composto estão de acordo com a norma brasileira e com o descrito no rótulo. Os resultados obtidos mostram que é possível identificar e quantificar a cafeína presente em bebidas energéticas e, portanto, em uma mistura com uma matriz complexa. As concentrações de cafeína obtidas das amostras analisadas estão abaixo do estipulado pela ANVISA e 4 das marcas estudadas apresentaram um teor de cafeína abaixo do descrito no rótulo. Além disso, também foi possível identificar e quantificar outras 8 substâncias presentes nas amostras analisadas (taurina, niacina, sacarose, alfa- e beta-glicose, etanol, citrato de sódio e o ácido benzoico).