Resumo: | A malária, causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida pela picada do
mosquito Anopheles, é uma preocupação significativa em Roraima, o segundo estado
brasileiro com maior incidência da doença, sendo uma localidade com características
geográficas, sociais e ambientais que dificultam a eliminação da doença. Este estudo visa
monitorar as metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM)
nos municípios de Roraima de 2019 a 2022, analisando a distribuição dos casos autóctones
por área, faixa etária, sexo e fronteiras, além de identificar a variação percentual no alcance
dessas metas. Em 2019 e 2020, os municípios de Cantá, Caracaraí, Rorainópolis e São Luiz
alcançaram as metas do PNCM. Em 2021, a meta foi atingida por Cantá, Caracaraí,
Pacaraima, Rorainópolis, São João da Baliza e São Luiz, e em 2022, Cantá, Pacaraima,
Rorainópolis, São João da Baliza, São Luiz e Uiramutã atingiram as metas. No entanto,
municípios fronteiriços como Alto Alegre, Amajari, Mucajaí e Iracema enfrentam desafios
significativos de controle e eliminação da malária, devido à mobilidade humana, crises
humanitárias, mineração ilegal e áreas especiais de garimpo. Além disso, essas regiões
incluem população indígena, como o DSEI Yanomami, estendendo-se até o território de
Caracaraí. Esses cinco municípios totalizaram 23.757 casos em 2022, de um total de 26.201.
O monitoramento contínuo da situação epidemiológica desses locais é crucial para alcançar a
meta de eliminação da malária até 2035, orientando os tomadores de decisão na alocação
eficiente de recursos e intervenções direcionadas para atingir esse objetivo no país. |