SUS no capitalismo ultraneoliberal : desafios do assistente social da saúde na garantia dos direitos sociais

Abstract

Este estudo buscou analisar o papel dos Assistentes Sociais nas políticas de saúde, destacando sua atuação, os desafios na garantia de direitos sociais dos usuários e as implicações do neoliberalismo privatizante. Utilizou-se levantamento bibliográfico das Revistas do Serviço Social, de artigos do Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social de 2022 e 2018 e do Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS) de 2019 e de 2016. Além de diário de campo de período de estágio II realizado no primeiro semestre de 2023 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região leste do Distrito Federal, gerida pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF). A análise contextualizou historicamente a política de saúde no Brasil e a trajetória social da profissão do Assistente Social. Foi refletido sobre os limites e desafios da intervenção profissional condicionada ao projeto hegemônico da sociedade capitalista neoliberal. Os horizontes profissionais na saúde e as estratégias de enfrentamento da questão social que envolvem, compromisso com o Projeto Ético-Político do Serviço Social, Código de Ética do Assistente Social e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Reforma Sanitária diante da complexidade da realidade brasileira. Os resultados confirmam o impacto da Emenda Constitucional 95 e da criação do IGESDF na precarização do SUS, gerando conflitos entre interesses econômicos e a proteção dos direitos dos usuários. Destaca-se a importância da atuação do assistente social em equipes multidisciplinares para a defesa dos direitos sociais.