Análise da correlação entre capacidade funcional de resgate veicular e combate a incêndio e a potência de membros inferiores de bombeiros militares do Distrito Federal

Abstract

Contexto: As investigações científicas acerca de profissionais de segurança pública e defesa civil são uma realidade recente no Brasil e ainda existem poucos registros e divulgação das informações a respeito das demandas existentes no cotidiano do Bombeiro Militar (BM). A capacidade física é um fator determinante para o bom desempenho do Bombeiro Militar em sua função, sendo necessário entender como essas capacidades, em especial, a potência muscular interfere no trabalho deste profissional. este estudo tem como objetivo investigar se há relação entre a potência máxima produzida pelos membros inferiores (Pmax) com o desempenho de tarefas simuladas de Resgate Veicular (RV) e Combate a Incêndio Estrutural (CIE). Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal em que os participantes, 19 bombeiros homens do quadro de profissionais ativos (35 ± 6 anos, 82 ±12 kg, 1.78 ± 0,08 m), realizaram um teste progressivo de múltiplas cargas no agachamento com a smith machine e um transdutor de velocidade linear, além dos testes simulados de Resgate Veicular e Combate a Incêndio Estrutural. Resultados: Observamos que não há uma relação entre a potência muscular e os testes simulados Resgate Veicular (r = -0.31;p = 0.20) (r = - 0.39;p = 0.10) Combate a incêndio (r = -0.37;p = 0.11) (r = -0.25;p = 0.30). Conclusão: Considerando os resultados de p-valor (p > 0,05) observamos que não há relação entre as variáveis de potência máxima e os testes simulados de CIE e RV. Fica evidente os testes de RV e CIE não podem ser usados como parâmetros de avaliação da potência muscular de MMII dos bombeiros, apesar de exigirem altos níveis de força muscular e velocidade nas ações motoras dos bombeiros nessas atividades.