Lutas na educação física escolar : violências e autodefesa

Abstract

O presente trabalho pretendeu evidenciar a relação entre violências e autodefesa enquanto determinantes dos conteúdos de Lutas na Educação Física Escolar. O objetivo foi de iniciar a discussão sobre a pedagogia do ensino-aprendizagem de lutas para que haja uma formação emancipadora para a transformação social como horizonte da atuação escolar, ao invés da formação do lutador, do artista marcial. Para isso, lançou-se mão de ferramentas da revisão narrativa e da revisão de escopo para trabalhar literatura atinente ao tema do ensino de Lutas na escola; a partir disso, utilizou-se a Análise Crítica do Discurso (ACD) combinada ao pensamento decolonial para propor os tópicos e parâmetros que compõem, ao fim, uma proposta de ação político-pedagógica. Os tópicos segmentam o texto em: uma aproximação conceito-contextualizada das Lutas; a análise das violências como componentes sociais; a reivindicação da autodefesa como uma ética e uma práxis na Educação; e a utopia do políticopedagógico para rumos metodológicos e práticos. Concluiu-se que, para a sociedade que temos, é necessário que a Educação Física Escolar, através de seus agentes (docentes, discentes, gestores e comunidade), entenda-se como campo e espaço para que a autodefesa, tendo como meio e instrumento as Lutas, seja ferramenta para que o sujeito-ético (estudante) legitime-se e aproprie-se como ator social para opor-se às violências e assim fazê-las recuarem.