Segurança das terapias complementares na redução de efeitos adversos em tratamentos oncológicos

Abstract

Introdução: O câncer de cabeça e pescoço representa desafios significativos para pacientes e profissionais de saúde devido aos efeitos adversos dos tratamentos oncológicos. Terapias complementares, como a Laserterapia de Baixa Intensidade (LLLT), a dexametasona e a Ozonioterapia, têm sido investigadas pelo seu potencial em mitigar esses efeitos adversos. Esta revisão de escopo tem como objetivo avaliar a segurança e eficácia destas terapias complementares no contexto do tratamento do câncer da cabeça e pescoço (CCP). Métodos: Foi realizada uma revisão de escopo da literatura para avaliar a resposta das células neoplásicas ao uso direto de dexametasona, terapia com laser de baixa intensidade e ozonoterapia, isoladamente ou em combinação, para determinar a segurança dessas aplicações. Foram selecionados 167 artigos para análise, abrangendo estudos sobre LLLT, dexametasona, Ozonoterapia e combinações dessas terapias. Resultados: Os resultados indicam que a LLLT mostra-se promissora na redução de efeitos adversos e demonstra segurança na sua aplicação em células malignas sem comprometer o tratamento oncológico, tendo segurança na aplicação sobre células neoplásicas quando aplicada como Terapia Fotodinâmica. No entanto, mais pesquisas são necessárias para compreender completamente seus efeitos nas células neoplásicas e sua interação com terapias oncológicas. A dexametasona parece ter efeito neutro nas células neoplásicas, mas seu uso sistêmico pode representar riscos aos pacientes, necessitando de uma consideração cuidadosa de seus benefícios e desvantagens, porém faltam estudos quanto a sua aplicação tópica sobre células neoplásicas de CCP. A ozonoterapia mostra benefícios potenciais, mas são necessárias pesquisas adicionais para determinar as variáveis de tratamento ideais e compreender os mecanismos subjacentes desta terapia. Conclusão: As terapias complementares, particularmente a LLLT e a Ozonioterapia, são promissoras para atenuar os efeitos adversos em pacientes com CCP, com a LLLT possuindo mais evidências científicas quanto ao uso. No entanto, a complexidade dos efeitos biológicos dessas terapias requer mais pesquisas para otimizar o seu uso clínico. Os profissionais de saúde e investigadores devem continuar a investigar e a melhorar a compreensão das terapias complementares para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes com CCP. A busca de abordagens terapêuticas seguras e eficazes para reduzir os efeitos adversos dos tratamentos oncológicos continua a ser uma prioridade crucial nos cuidados oncológicos, visando proporcionar cuidados abrangentes e de alta qualidade aos pacientes com CCP.