Título: | Relação entre a vacina BCG e a COVID-19 nos pacientes com Hanseníase |
Autor(es): | Cunha, Débora Vilela |
Orientador(es): | Gomes, Ciro Martins |
Assunto: | Vacina BCG covid-19 Hanseníase |
Data de apresentação: | 2022 |
Data de publicação: | 5-Jun-2024 |
Referência: | CUNHA, Débora Vilela. Relação entre a vacina BCG e a COVID-19 nos pacientes com Hanseníase. 2022. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Dermatologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Resumo: | Introdução: A vacina com o Bacilo Calmette-Guerin (BCG) e algumas outras vacinas induzem alterações metabólicas e epigenéticas que aumentam a resposta imune inata a infecções subsequentes, um processo denominado imunidade treinada. Estudos anteriores relataram sobre a possibilidade dos efeitos protetores da vacina BCG contra infecção por síndrome respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS-CoV-2), por reduzir a viremia após exposição a SARS-COV-2, consequentemente menor gravidade do COVID-19 e recuperação mais rápida. Pacientes com hanseníase e contactantes representam um modelo interessante para avaliar a ocorrência e gravidade da doença do COVID-19. Objetivos: O objetivo do estudo foi
avaliar, de forma prospectiva, a influência de variáveis relacionadas à vacinação do BCG na população com hanseníase e contactantes e avaliar a ocorrência e a gravidade da COVID-19. Metodologia: Realizou-se um estudo de coorte prospectivo de vida real por 14 meses, no qual o principal fator de risco foram duas vacinações anteriores com BCG e o principal desfecho foi a ocorrência de COVID-19, detectada por reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa (RT-PCR). O modelo de riscos proporcionais de Cox foi utilizado para análise principal. Resultados: Entre 406 pacientes incluídos, 113 foram diagnosticados com hanseníase. Durante o acompanhamento, 69 (16,99%) pacientes contraíram COVID-19. A análise de sobrevivência mostrou que a hanseníase estava associada com COVID-19 (p <0,001), mas, a análise
multivariada mostrou que apenas contatos domiciliares de pacientes infectados pelo SARSCoV-2 (razão de risco (HR) = 8,04; 95% CI = 4,93-13,11), bem como a ocorrência do diabetes mellitus (HR = 2,06; 95% CI= 1,04-4,06) foram fatores de risco significativos para COVID-19. Conclusões: Pacientes com hanseníase são vulneráveis ao COVID-19, porque têm contato mais frequente com pacientes infectados com SARS-CoV-2, possivelmente, devido às limitações sociais e econômicas. O modelo mostrou que a vacinação da BCG não influenciou na ocorrência de COVID-19 e na gravidade da doença. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Residência Médica HUB/UnB, Curso de Especialização em Residência Médica - Dermatologia, 2022. |
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Aparece na Coleção: | Residência Médica de Dermatologia
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