Resumo: | O presente trabalho objetivou analisar como as empresas familiares do ramo de corretagem se preparam para o processo sucessório, investigando ainda a percepção do fundador/gerente sobre a sucessão, os elementos da cultura nacional mais influentes na cultura do fundador/gerente que influenciam o processo sucessório e, ainda, a gestão de pessoas, sobretudo se essa vem se profissionalizando nas empresas pesquisadas, já que elemento primordial para uma sucessão ser bem realizada. Para alcançar esses objetivos optou-se por uma pesquisa de campo de cunho qualitativo, baseada em questionário elaborado com questões abertas e fechadas, respondido pelos gerentes/fundadores de duas empresas do ramo de corretagem em atividade em Rio Branco/Acre e ainda numa posterior entrevista de confirmação das informações prestadas por meio dos questionários. Além disso, a pesquisa ancorou-se nas idéias de Fleury (1996) e Schein (2001) sobre cultura organizacional, bem como nas idéias de Oliveira (1999), Elias (2004), Antonialli (2003) e outros autores sobre as empresas familiares. A partir dos dados coletados, observou-se que as empresas estão em estágios diferentes de profissionalização, uma mais avançada e outra em estágio muito incipiente. Ademais, observou-se que os gerentes/fundadores possuem em comum a despreocupação com o preparo para a sucessão e apresentam como elementos da cultural nacional mais privilegiados o personalismo e o autoritarismo. Dessa forma, concluiu-se que as empresas pesquisadas, mediante as características identificadas, podem passar por muitas dificuldades de manterem suas atividades na eventualidade de um processo sucessório, uma vez que não estão preparadas adequadamente para esse processo. Por fim, recomendou-se algumas alternativas capazes de minimizar as dificuldades que se apresentam no processo de sucessão, enfatizando que a preocupação com a sucessão empresarial é um dever de todas as empresas diante a sociedade, pois toda empresa desenvolve uma atividade social fundamental para a comunidade onde atua. Logo, uma organização não existe tão só para satisfazer as necessidades de seu fundador/gerente, mas para satisfazer as necessidades de fornecimento de bens, serviços e, principalmente, emprego e renda da coletividade. |