Avaliação da síndrome respiratória aguda grave por SARS-CoV-2, influenza e vírus sincicial respiratório humano, no Distrito Federal, 2018 a 2022

Abstract

As doenças infecciosas virais se enquadram entre as maiores cargas de doenças em todo o mundo, sendo uma grande ameaça à saúde pública. As infecções respiratórias causadas por infecção são uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo e podem acometer pacientes de todas as idades. Dentre os microrganismos responsáveis pelas infecções respiratórias, três vírus desempenham papel importante no aparecimento de epidemias: o vírus da influenza, o vírus sincicial respiratório e o SARS-CoV-2. O presente estudo tem como propósito descrever a tendência de casos por síndrome respiratória aguda grave por SARSCoV-2, influenza e vírus sincicial respiratório, nos períodos de 2018 a 2022. Foram analisados os casos notificados de SRAG com infecção confirmada para SARS-CoV2, Influenza ou HRSV, no período de 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2022 no Distrito Federal. Ainda que o SARS-CoV-2 continue sendo o maior responsável por casos graves de síndrome respiratória aguda desde março de 2020, a cocirculação de outros vírus respiratórios é um fator importante a ser considerado no contexto das doenças respiratórias Considerando o novo cenário de doenças respiratórias, a testagem laboratorial deve ser feita de maneira conjunta com o sistema de vigilância, sendo capaz de identificar novas transmissões e o impacto da infecção viral na morbidade e mortalidade populacional. Para isso, é necessário realizar uma cobertura laboratorial abrangente, que represente o máximo possível a população observada. Tem-se os testes moleculares destinados ao diagnóstico simultâneo de mais de um vírus respiratório são ferramentas essenciais para o cenário de cocirculação no Distrito Federal.