Potencial terapêutico dos neuropeptídeos NeuroVAL e Protonectina-F, bioinspirados da peçonha de vespas sociais, no tratamento do Transtorno do Espectro Autista

Abstract

Transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits cognitivos e sociais que impactam as relações pessoais dos pacientes, normalmente diagnosticado na infância. As causas não são bem definidas, porém estão relacionadas com genética de causa idiopática, o que classifica como um transtorno hereditário e com condições ambientais em que a genitora pode ser exposta e afetar a prole, como exposição a substâncias químicas ou infecções. Tratamentos específicos ainda não existem, os tratamentos disponíveis estão associados as comorbidades relacionadas, como depressão, ansiedade, transtorno de humor, TDAH e epilepsia. Porém esses tratamentos estão associados a efeitos adversos. As peçonhas de vespa são importantes fontes de peptídeos neuroativos, o NeuroVAL e a Protonectina-F foram testados para o tratamento da dor e comprovado potencial neuroativo por suas estruturas, ambos com melhor atividade antinociceptiva. A presente pesquisa se propõe a avaliar o modelo animal de exposição ao VPA e o tratamento com os neuropeptídeos para testar o efeito no comportamento repetitivo, ansiedade e comportamento social relacionados ao TEA. O modelo de exposição ao VPA aconteceu no 12º dia de gestação dos camundongos, após acompanhamento do período gestacional. O tratamento da prole foi feito por via intranasal, dos peptídeos NeuroVAL e Protonectina-F durante 15 dias. Foi observado redução dos sinais induzidos pela administração de VPA com o tratamento do NeuroVAL, além disso o peptídeo foi bem tolerado, porém com o tratamento de Protonectina-F os animais não apresentaram melhora no comportamento relacionado a exposição do VPA.