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Título: Fatores associados aos marcadores de consumo alimentar de crianças entre 6 e 12 meses
Autor(es): Leite, Lizane Alvares
Orientador(es): Bertolin, Maria Natacha Toral
Coorientador(es): Silva, Jéssica Pedroso da
Schincaglia, Rachel Machado
Assunto: Aleitamento materno
Amamentação
Crianças - alimentação
Data de apresentação: 2022
Data de publicação: 15-Abr-2024
Referência: LEITE, Lizane Alvares. Fatores associados aos marcadores de consumo alimentar de crianças entre 6 e 12 meses. 2022. 16 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Nutrição) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: Objetivo: Avaliar os fatores associados aos marcadores de consumo alimentar de crianças entre 6 e 12 meses. Método: Estudo transversal realizado com 474 pares de mães e crianças em 20 Unidades Básicas de Saúde do Distrito Federal. Foi aplicado questionário com as mães que avaliava dados sociodemográficos, características da gestação, depressão (Inventário de Depressão Beck II), ansiedade materna (Inventário de Ansiedade Traço-Estado) e marcadores de consumo alimentar para crianças entre 6 e 23 meses e 29 dias. A partir dos marcadores de consumo alimentar, foram calculados os seguintes indicadores: aleitamento materno continuado, introdução de alimentos, diversidade alimentar mínima, frequência mínima e consistência adequada, consumo de alimentos ricos em ferro, consumo de alimentos ricos em vitamina A e consumo de alimentos ultraprocessados. Realizou-se análise de regressão linear múltipla pelo método backward. Os resultados estão apresentados em Odds Ratio e intervalo de confiança 95%. Resultados: Crianças primigestas tiveram menor chance de estarem em aleitamento materno continuado do que crianças não primigestas (0,6; 0,4–1,0). Crianças mais velhas tiveram maior chance de receberem alimentos na frequência recomendada para a idade (7-8 meses: 3,5; 1,8–6,9), com frequência mínima e consistência adequada (10-11 meses: 2,2; 1,2– 4,0), ricos em ferro (7-9 meses: 4,8; 2,8–8,2 e 10-11 meses: 8,9; 4,8–16,5) e vitamina A (7-9 meses: 2,2; 1,3–3,9 e 10-11 meses: 2,8; 1,4–5,7) e com diversidade mínima (7-9 meses: 6,0; IC95%: 3,3–10,7 e 10-11 meses: 9,5; 5,0–18,2), entretanto também tiveram maior chance consumirem alimentos ultraprocessados (10-11 meses: 3,7; 1,9–7,1) e menor chance de estarem em aleitamento materno continuado (7-9 meses: 0,5; 0,2–0,9 e 10-11 meses: 0,4;0,2–0,8), em comparação com crianças mais novas (6 meses). Crianças com menor renda familiar tiveram menor chance de receberem alimentos na frequência e consistência recomendada para a idade (¼-½ SM: 0,5; 0,2–1,2 e <¼ SM 0,1; 0,0–0,5) e tiveram maior chance de consumirem alimentos ultraprocessados (¼-½ SM: 2,2; 1,2–4,0 e <¼ S: 3,4; 1,7–6,5) em comparação com as crianças com maior renda familiar (>½ SM). Crianças de mães com ansiedade-estado tiveram menor chance de apresentarem uma dieta diversa (0,5; 0,3–0,8) e de consumirem alimentos ricos em ferro (0,4; 0,3–0,7) do que crianças de mães sem ansiedade-estado. Crianças de mães com ansiedade-traço tiveram menor chance de apresentarem a frequência mínima e consistência adequada (0,6; 0,4–1,0) do que crianças de mães sem ansiedade-traço. Crianças de mães com mais de 34 anos tiveram menor chance de consumirem alimentos ultraprocessados do que as crianças de mães com 34 ou menos (0,5; 0,3–1,0). Crianças de mães com menor escolaridade tiverem maior chance de consumirem alimentos ultraprocessados (ensino médio incompleto ou completo: 1,9; 1,0–3,6 e ensino fundamental completo ou menos: 3,3; 1,5–7,4) do que crianças de mães com maior escolaridade. Conclusão: A idade da criança, renda familiar, primigestação, idade, saúde mental e escolaridade materna se associaram aos marcadores de consumo alimentar de crianças entre 6 e 12 meses. Constata-se a importância de estratégias de promoção de uma alimentação adequada e saudável no período de introdução da alimentação complementar levarem em consideração estes aspectos.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, 2022.
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