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dc.contributor.advisorDechandt, Siegrid Guillaumon-
dc.contributor.authorReal, Mariana Conceição Corte-
dc.identifier.citationREAL, Mariana Conceição Corte. "Hoje eu tenho sangue na veia": resistência Kalunga frente às lacunas institucionais. 2023. 94 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Administração) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.pt_BR
dc.descriptionTrabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas, Departamento de Administração, 2023.pt_BR
dc.description.abstractNo período da escravidão no Brasil, os escravizados que fugiam formavam comunidades isoladas conhecidas como quilombos. Dentre os quilombos espalhados pelo país, a comunidade Kalunga encontrou refúgio nos vãos do norte goiano, onde se dedicaram à agricultura familiar. Hoje conquistaram o direito fundiário, ampliaram as atividades para o âmbito do turismo, mas ainda sofrem as mazelas sociais associadas à herança escravagista. As consequências da escravidão são incalculáveis e seus impactos ainda se fazem sentir em diversos aspectos da vida de seus descendentes, ao impor barreiras socioeconômicas que impedem a ascensão social de negros. O estudo traz à tona as histórias de quilombolas Kalungas que foram atravessadas, desde sua origem, por omissões institucionais, para que essas vozes não permaneçam silenciadas e encontrem reparações. O objetivo foi identificar as lacunas institucionais evidenciadas ao ouvir a voz da população Kalunga. Utilizou-se o método etnográfico, na região de Cavalcante e Vão do Moleque, com registros de campo e entrevistas com membros da comunidade. Quatro entrevistas foram transcritas e submetidas à análise temática. Foram construídos cinco temas: 1) “Não tem como esquecer de onde eu vim”: A constituição dos povos Kalungas; 2) "Eu não tive infância, até hoje não sei o que é brincar": o desamparo ao desenvolvimento da criança e do adolescente; 3) "Não tem trabalho pra todo mundo": A manutenção do trabalho subalternizado; 4) "Por que estou sangrando tanto?": Omissões frente à integridade da mulher; e 5) "Vai lá pra dentro": A violenta e silenciosa exclusão do racismo. Conclui-se que as lacunas institucionais praticadas desde o período colonial mantêm a população kalunga à margem dos direitos e conquistas sociais, perpetuando o ciclo de violência estrutural, racial e institucional.pt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subject.keywordKalunga (Comunidade quilombola brasileira)pt_BR
dc.subject.keywordRacismopt_BR
dc.subject.keywordEscravidãopt_BR
dc.title"Hoje eu tenho sangue na veia" : resistência Kalunga frente às lacunas institucionaispt_BR
dc.typeTrabalho de Conclusão de Curso - Graduação - Bachareladopt_BR
dc.date.accessioned2024-04-11T13:21:03Z-
dc.date.available2024-04-11T13:21:03Z-
dc.date.submitted2023-07-27-
dc.identifier.urihttps://bdm.unb.br/handle/10483/38164-
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor que autoriza a Biblioteca Digital da Produção Intelectual Discente da Universidade de Brasília (BDM) a disponibilizar o trabalho de conclusão de curso por meio do sítio bdm.unb.br, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 International, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.pt_BR
dc.description.abstract1During the period of slavery in Brazil, slaves who escaped formed isolated communities known as quilombos. Among the quilombos spread across the country, the Kalunga community found refuge in the spans of northern Goiás, where they dedicated themselves to family farming. Today, they conquered the land rights, expanded their activities to the field of tourism, but still suffer from the social ills associated with the slavery heritage. The consequences of slavery are incalculable and its impacts are still felt in various aspects of the lives of their descendants, by imposing socioeconomic barriers that prevent the social ascension of black people. The study brings to light the stories of Kalunga quilombolas that have been crossed, since their origin, by institutional omissions, so that these voices do not remain silenced and find reparations. The objective was to identify the institutional gaps highlighted when listening to the voice of the Kalunga population. The ethnographic method was used in the region of Cavalcante and Vão do Moleque, with field records and interviews with community members. Four interviews were transcribed and submitted to thematic analysis. Five themes were constructed: 1) “I can't forget where I came from”: The constitution of the Kalunga peoples; 2) "I didn't have a childhood, until today I don't know what playing is": Helplessness in the development of children and adolescents; 3) "There isn't work for everyone": The maintenance of subaltern work; 4) "Why am I bleeding so much?": Omissions regarding the woman's integrity; and 5) "Go inside": The violent and silent exclusion of racism. It is concluded that the institutional gaps practiced since the colonial period keep the Kalunga population at the margin of social rights and achievements, perpetuating the cycle of structural, racial and institutional violence.pt_BR
dc.description.abstract2Durante el período de la esclavitud en Brasil, los esclavos que escaparon formaron comunidades aisladas conocidas como quilombos. Entre los quilombos esparcidos por el país, la comunidad Kalunga encontró refugio en los tramos del norte de Goiás, donde se dedicaron a la agricultura familiar. Hoy, conquistaron los derechos sobre la tierra, expandieron sus actividades al campo del turismo, pero todavía sufren los males sociales asociados con la herencia de la esclavitud. Las consecuencias de la esclavitud son incalculables y sus impactos aún se sienten en diversos aspectos de la vida de sus descendientes, al imponer barreras socioeconómicas que impiden el ascenso social de los negros. El estudio saca a la luz las historias de quilombolas Kalunga que han sido atravesadas, desde su origen, por omisiones institucionales, para que estas voces no queden silenciadas y encuentren reparación. El objetivo fue identificar los vacíos institucionales destacados al escuchar la voz de la población Kalunga. Se utilizó el método etnográfico en la región de Cavalcante y Vão do Moleque, con registros de campo y entrevistas con comuneros. Cuatro entrevistas fueron transcritas y sometidas a análisis temático. Se construyeron cinco temas: 1) “No me puedo olvidar de dónde vengo”: La constitución de los pueblos Kalunga; 2) “No tuve infancia, hasta hoy no sé lo que es jugar”: desamparo en el desarrollo de niños y adolescentes; 3) "No hay trabajo para todos": El mantenimiento del trabajo subalterno; 4) "¿Por qué estoy sangrando tanto?": Omisiones sobre la integridad de la mujer; y 5) "Ve adentro": La exclusión violenta y silenciosa del racismo. Se concluye que los rezagos institucionales practicados desde la época colonial mantienen a la población Kalunga al margen de los derechos y conquistas sociales, perpetuando el ciclo de violencia estructural, racial e institucional.pt_BR
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