ESG, sucessão e desempenho econômico : um estudo exploratório em empresas de capital aberto no Brasil

Abstract

ASG é a sigla para Ambiental, Social e Governança ou, como é conhecida internacionalmente, ESG (Environmental, Social and Governance), está presente na Bolsa de Valores do Brasil desde o ano de 2004 e é de grande importância, pois é visto no mercado de ações a valorização das empresas que se preocupam com a temática ASG. O presente estudo objetivou verificar o perfil financeiro das empresas de capital aberto que atuam no Brasil e que possuem, ou não, plano de sucessão de administradores. Para a realização da pesquisa, utilizamos seus dados ambientais, sociais e de governança, bem como os seus dados contábil-financeiros. Inicialmente, acreditamos que as empresas que possuem política de sucessão são as empresas mais maduras em termos ASG e que possuem um melhor desempenho financeiro quando comparado com as empresas que não possuem a política de sucessão. Para tanto, foram analisadas as informações de ASG de 85 empresas listadas na Bolsa de Valores do Brasil, e os seus dados contábeis (ativo circulante, ativo total, passivo circulante, passivo total, patrimônio líquido, lucro/prejuízo do período, fluxo de caixa operacional e EBITDA). Os resultados alcançados não podem ser vistos como uma exata para as empresas listadas na Bolsa de Valores do Brasil, pois a nossa amostra abarca apenas cerca de 20% dessas empresas. Por fim, os resultados alcançados indicam que as empresas que não possuem plano de sucessão possuem menores índices de endividamento e alcançaram ao longo desses 10 anos resultados financeiros melhores. As empresas menos maduras em aspectos ambientais, sociais e de governança tendem a não ter plano de sucessão de administradores e as empresas que apresentaram os maiores retornos sobre os ativos nos exercícios de 2011 a 2020 possuíam uma menor probabilidade de possuírem planos de sucessão de administradores.