Resumo: | O presente artigo analisa a atuação da diplomacia brasileira, entre 1940 e 1942, em relação à invasão alemã à França na 2ª Guerra Mundial. Contrario a opinião corrente, argumenta-se aqui que o Ministério de Relações Exteriores assentiu veladamente ao auxílio à fuga de judeus prestada pelo embaixador Luis de Souza Dantas. Mediante uma conduta proforma, a instituição acatou as ordens presidenciais, que limitavam a migração de judeus, sem dotá-las de eficácia que coibisse efetivamente as ações do embaixador. Tal conduta conformava-se com a sociedade da época, para a qual o holocausto, ainda que pungente, era questão pouco condizente a engajamentos. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT This essay analyses Brazillian diplomatic reaction, between 1940 and 1942, to France Occupation by Germany in World War II. Opposite to commonly held claims, the essay asserts that the Ministry of Foreign Affairs consented in veiled way to the support given by ambassador Souza Dantas to fleeing Jews. Adopting a pro forma Modus Vivendi, the institution accepted presidential orders, which limited Jewish migration, without enforcing these orders actively against ambassador’s actions. The attitude was consistent with those days society, for whom Holocaust, albeit poignant, was a low compelling matter. |