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Título: Violência doméstica no primeiro ano da pandemia da covid : a casa como espaço de luta
Autor(es): Melo, Herbert de
Orientador(es): Peluso, Marília Luiza
Assunto: Violência doméstica
Violência familiar
Violência contra as mulheres
Mulheres - violência
Data de apresentação: 16-Dez-2023
Data de publicação: 21-Fev-2024
Referência: MELO, Herbert de. Violência doméstica no primeiro ano da pandemia da covid: a casa como espaço de luta. 2023. 77 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Geografia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.
Resumo: O poder simbólico no exercício de suas diversas formas de atuação, provoca no espaço doméstico graves conflitos, ensejando atos de abuso, de constrangimento e de violência, ocorrendo em sua forma simbólica ou física. Provocando um malestar em qualquer sociedade que estejam ancoradas em princípios democráticos. Por muito tempo a manifestação da identidade social e coletiva das mulheres, teve a sua construção realizada a partir do nome e sobrenome do pai ou do esposo. O que demonstra os valores patriarcais sobre os quais a cultura fora erguida. Indicando a existência de um domínio androcêntrico. Naturalizando as condutas sexistas, historicizando práticas discriminatórias ao restringir os direitos humanos das mulheres, as ações violentas em âmbito doméstico e familiar que já eram demasiadamente presentes nos lares brasileiros, teve com o surgimento da pandemia global um substancial acréscimo. É possível, então, afirmar que a violência doméstica e familiar contribui para a perda da dignidade da pessoa, bem como a participação de sua vida social e cidadã, além, é claro, da desestruturação pessoal, familiar e social. As situações de violência e abuso crônico em que são submetidas as mulheres, as fazem também vítimas do estado de consciência criado pelos rituais de manipulação e de violência simbólica. As diversas formas do exercício do poder simbólico, manifestada em sua principal ação que é operacionalização da violência simbólica, torna as formas de manipulação, tanto em sua dimensão teórica-conceitual, como física-concreta mais fácil e operante. Resultado de uma cultura histórica e socialmente valorativa de um mundo em que a virilidade masculina é a direção única e exclusiva que deve se pautar os indivíduos e a sociedade. A passividade e aquiescência surge do pânico, das situações de terror até mesmo do risco da própria vida, que se irrompem em um espaço em que a afetividade, leniência, a ternura e o afago deveriam ser as características reinantes no ambiente doméstico e familiar. Considera-se a educação como uma das formas mais efetivas para ensejar a transformação dessa realidade de violência doméstica e familiar. Seja na sua dimensão de escolarização, com a educação desenvolvidas no interior das famílias. Sendo possível pensar o fomento dessa mudança de paradigma sexista. A mudança de comportamentos não ocorre em escala macro, e sim em uma microescala, que somando-se a outras microescalas, poderá se cogitar a possibilidade da mudança deste paradigma. Assim, poderá ser admissível pensar em uma efetiva transformação desta realidade de violências no espaço doméstico e familiar, e por não dizer também no espaço social. Mudando as formas de entendimento, e de valorização dos gêneros, mas, sobretudo, de valorização do espaço vivido e considerado verdadeiramente humano, o espaço geográfico.
Abstract: Symbolic power, in the exercise of its various forms of action, causes serious conflicts in the domestic space, giving rise to acts of abuse, embarrassment and violenc, occurring in its symbolic or physical form. Causing disconfort in any Society that is anchored in democratic principles. For a long time, the manifestation of women’s social and collective identity was constructed based on the name and surname of the Father or husband. Which demonstrates the pariarchal values on which the culture was built. Indicating the existence of na androcentric domain. Naturalizing sexist conduct, historicizing discriminatory practices by restricting women’s human rights, violent actions in the domestic and Family spheres that were already too present in Brazilian homes, had a substantial increase with the emergence of the global pandemic. It is possible, then, to state affirm that domestic and family violence contributes to the loss of a person’s dignity, as well as their participation in their social and civic life, in addition, of course, to personal, Family and social disruption. The situations of violence and chronic abuse to which women are subjected also make them victims of the state of consciousness created by rituals of manipulation and symbolic violence. The diferente forms of the exercise of symbolic power, manifested in its main action which is the operationalization of symbolic violence, makes the forms of manipulation, both in tis theoretical-conceptual and physical-concrete dimensions easier and more effective. Result of a historically and socially valuing culture of a world in which male virility is the Only and exclusive Direction that individuals and Society should be guided by. Passivity and acquiescence arise from panic, situations of terror, even the risk of one’s own life, which erupt in a space Where affection, leniency, tenderness and affection should be the prevailing characteristics in the domestic and Family environment. Education is considered one of the most effective ways to bring about the transformation of this reality of domestic and Family violence. Whether in its schooling dimension, with education developed within families. It is possible to think about promoting this change in sexist paradigma. The change in behavior does not occur on a macro scale, but on a micro scale, which, When added to other micro scales, can consider the possibility of changing this paradigma. Thus, it may be permissible to think about na effective transformation of this reality of violence in the domestic and Family space, and not to mention aldo in the social space. Changing the ways of understanding and valuing genres, but, above all, valuing the space lived and considered truly human, the geographic space.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, 2023.
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