Resumo: | De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que 50% da perda auditiva pode ser prevenida por meio de medidas de saúde pública. No Brasil, a dor de ouvido (ou otalgia) está entre as queixas mais comuns nos atendimentos de demanda espontânea na atenção primária. Os diagnósticos mais comuns em pacientes com dor de ouvido são de origem primária, com destaque para otites, geralmente sem complicações. A otite é uma inflamação ou infecção que atinge grande parte da população e tem maior
incidência em crianças. Os principais sintomas apresentados são dor de ouvido e incômodo no ouvido. A partir dos sinais clínicos, os pacientes regularmente recorrem a atenção primária, um posto de saúde ou uma farmácia próxima a sua residência, para receber informações sobre o diagnostico e tratamento da doença.
A necessidade de uma orientação é válida, porém, importante que esteja baseada em diretrizes, normas, protocolos de evidência comprovada, eficientes e que tenham uma boa qualidade, como um guia para o profissional que está na atuação, esta exigência é requerida pois o paciente precisa da melhor forma de cuidado. Desta maneira, é proposto a elaboração de uma diretriz para o cuidado farmacêutico e uma avaliação das diretrizes de otites e problemas de ouvido. A proposta de diretriz construída compreende a definição das doenças, causas, sinais e sintomas, junto com a anamnese farmacêutica, objetivos do farmacêutico, intervenções farmacológicas, não farmacológicas, sinais, alertas e encaminhamentos e por fim monitoramento dos resultados. E juntamente as avaliações das diretrizes para averiguar as qualidades metodológicas das
produções de diretrizes sobre otites e problemas de ouvido. A execução da diretriz e avaliações partiu com a utilização da metodologia ADAPTE, ferramenta qualificada que visa promover o desenvolvimento e a utilização de diretrizes para a prática clínica através da adaptação de diretrizes existentes. Revisões sistemáticas, diretrizes sobre o tema, base de síntese de evidências foram dispostas. O método AGREE II foi empregado para a avaliação das diretrizes selecionadas com foco no domínio “rigor do desenvolvimento”. Ao todo 6 diretrizes foram avaliadas, abrangendo critérios de boa qualidade, tendo estruturas que abrangessem informações de evidências e fossem completas a respeito do assunto. |