As alterações fisiológicas decorrentes do uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFS) : o que os modelos animais podem nos ensinar?

Abstract

Os dispositivos eletrônicos para fumar são apetrechos compostos por um reservatório para armazenamento de refil, resistência de aquecimento responsável pela vaporização do líquido de abastecimento e bateria recarregável, utilizado por usuários para ter acesso à nicotina e outros flavorizantes no formato de aerossóis. Pela grande quantidade modelos e sabores, esses dispositivos têm se popularizado no mercado e chamado a atenção da mídia e da população. Pouco se sabe acerca de seus efeitos fisiológicos e ainda há escassez de estudos sobre o assunto. Dadas as controvérsias sobre a segurança destes dispositivos, neste trabalho foram analisados os efeitos fisiológicos da exposição a esses aparatos e seus componentes em estudos in vivo, suas consequências e a comparação em relação a toxicidade dos cigarros tradicionais. Pesquisas atuais mostram que a exposição ao cigarro eletrônico pode ter efeitos potencialmente nocivos em células, animais e humanos, enquanto a avaliação de segurança dos efeitos a longo prazo do uso do cigarro eletrônico ainda é desconhecida. Semelhantes, mas não idênticos aos cigarros convencionais, os mecanismos de toxicidade dos cigarros eletrônicos se manifestam principalmente no estresse oxidativo, respostas inflamatórias e danos ao DNA. Esta revisão irá resumir amecanismos de toxicidade e vias de sinalização de eletrônicos no que diz respeito à sistema respiratório e cardiovascular, o que poderia dar aos pesquisadores uma melhor compreensão e orientação sobre os efeitos de cigarros eletrônicos em nossa saúde.