Organização da informação em ambientes de e-commerce : uma análise segundo a Teoria da Classificação Facetada de Ranganathan

Abstract

Estudo que busca considerar a Teoria da Classificação Facetada de Ranganathan como um meio de repensar a organização da informação nos ambientes de e- commerce. Analisa a forma como a plataforma de e-commerce Shopee organiza as informações dos seus produtos a partir da Teoria de Classificação Facetada de Ranganathan. Baseia-se em um referencial teórico que aborda os seguintes assuntos: organização da informação, incluindo sistemas de classificação bibliográfica; a Teoria da Classificação Facetada de Ranganathan, com foco em suas categorias fundamentais (Personalidade, Matéria, Energia, Espaço e Tempo); e ambientes digitais do tipo e-commerce, apontando exemplos. Qualifica-se como uma pesquisa de método dedutivo, de natureza básica, de execução descritiva, bibliográfica e documental e de abordagem qualitativa de coleta de dados, considerando interfaces do e-commerce Shopee (versão desktop), analisadas a partir de categorias fundamentais, princípios e cânones. Observa-se que os produtos são ordenados por 29 categorias principais, os quais possuem rótulos formados, em sua maioria, pela junção de termos isolados, que os produtos podem ser classificados por quatro critérios de ordenação e que há a oferta de uma faixa de oito filtros básicos, que remetem às categorias fundamentais Personalidade, Matéria e Espaço. Resulta, ainda, na verificação de uma estruturação de facetas que se desenha, basicamente, a partir dos cânones da exclusividade de renques, da relevância, da permanência, da diferenciação e da sequência útil, e pelos princípios de ordenação de facetas, incluindo contiguidade espacial, medida quantitativa e sequência canônica. Conclui- se que a Shopee é um ambiente multidimensional que adota um conjunto básico de filtros para todos os seus produtos, onde as facetas observadas são mutuamente exclusivas e a combinação dos filtros vai se modificando sem dispor de uma organização por ordem alfabética, além de uma tentativa de diferenciar os produtos quanto a sua matéria e propriedade e da adoção de princípios de ordenação por região e profundidade, ou seja, do mais amplo até o mais específico.