A influência do campo guia forte e fraco na trajetória das partículas na superfície HCS durante uma reconexão magnética

Abstract

Utilizamos o código de simulação "2D3V Particle-in-Cell (PIC) XOOPIC" para simular as trajetórias das partículas durante uma reconexão magnética com campo guia forte e comparamos com as trajetórias com campo guia fraco (ZHARKOVA, 2015). Nas simulações com campo guia forte, observou-se que tanto os prótons rebatidos quanto os em trânsito chegaram no plano médio, onde foram acelerados pela reconexão magnética e, posteriormente, ejetados para um mesmo lado do plano médio. Já nos elétrons, notou-se uma região de separação acentuada entre os elétrons rebatidos e os de trânsito, com ambos sendo ejetados para o lado do plano médio oposto ao das ejeções dos prótons. No entanto, apenas os elétrons em trânsito conseguiram chegar no plano médio. As ejeções dos elétrons e prótons em lados opostos do plano médio podem explicar o surgimento de um campo elétrico na lâmina de corrente heliosférica observada por observações "in situ", do satélite WIND, lançado em 1994. Nossas simulações com campo guia forte, juntamente com as simulações feitas Pela Valentina Zharkova e Olga Khabarova ZHARKOVA, 2015), mostram que carga e campo guia (nossa componente By do campo magnético nessa configuração) iguração) são de extrema importância na descrição das trajetórias dessas partículas, pois com campo guia fraco os elétrons demostram ter comportamentos mais difusos, entre elétrons rebatidos e elétrons em trânsito, em torno do plano médio e tanto os prótons quanto os elétrons tem ejeções em ambos os lados diferentemente das configurações obtidas com campo guia forte.