Análise das notificações relacionadas à contaminação de hemocomponentes por agentes infecciosos no Brasil

Abstract

Introdução: A hemoterapia é um tratamento que pode salvar a vida ou melhorar consideravelmente o quadro clínico do paciente. Porém, como qualquer outra intervenção terapêutica a hemoterapia pode expor o paciente a reações imediatas e tardias, durante e após o ato transfusional, como a transmissão de doenças, contaminação bacteriana e outras reações transfusionais. Objetivo: Deste modo, o objetivo desse estudo foi analisar a ocorrência de transfusões sanguíneas que foram expostas a agentes infecciosos durante o ato transfusional no Brasil entre 2016 e 2017. Método: Se trata de um estudo transversal, retrospectivo, cujo a fonte de dados foi a partir de um compilado de notificações de incidentes envolvendo hemocomponentes. Resultados: Estimou-se prevalência de 12,97 contaminações por agentes infecciosos por 10.000 notificações. Os principais agentes infecciosos encontrados foram bactérias gram-positivas do gênero Staphylococcus, comumente encontrados na microbiota da pele. Considerações do estudo: Pode-se observar que por mais seguro que seja o sistema hemoterápico e de hemovigilância, ainda há falhas que podem e devem ser rastreadas através de uma notificação adequada, juntamente com o engajamento de profissionais qualificados, entre esses, o enfermeiro.