O efeito da crise do COVID-19 nas empresas brasileiras: um estudo de casos

Abstract

A pandemia de COVID-19 gerou um impacto econômico sem precedentes na história moderna, afetando tanto a oferta quanto a demanda global. A queda na produção e no comércio resultou em uma redução do PIB global e um aumento do desemprego, o que gerou um impacto negativo sobre a renda das pessoas. Como resultado, muitas empresas tiveram que fechar suas portas ou reduzir suas operações, gerando um aumento do desemprego e da pobreza. Para mitigar os efeitos negativos da pandemia, muitos governos lançaram programas de estímulo econômico, como redução de impostos e aumento dos gastos públicos. Essas medidas ajudaram a estabilizar a demanda agregada e a promover a recuperação econômica em alguns setores. Para tanto, este estudo realizou uma análise documental descritiva das contas nacionais por instrumento das Tabelas Dinâmicas do Sistema de Contas Nacionais disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, bem como, uma análise das demonstrações financeiras de empresas do setor da construção civil. Assim, indicadores macroeconômicos e dados relevantes da crise do coronavírus foram somados para construir um paralelo com o comportamento dos agregados econômicos e dos indicadores financeiros das empresas, e assim, mensurar a sensibilidade da economia a crises exógenas como a COVID-19. Ficou constatada a magnitude do impacto da pandemia na economia, assim como, a expressão de indicadores como a taxa de ocupação e taxa de câmbio no diagnóstico da economia nacional, e de indicadores como o endividamento no diagnóstico das empresas. Como sugestão para trabalhos futuros, entende-se que explorar o tema de indicadores financeiros para empresas de setores como varejo e serviços possa agregar ao entendimento da relação entre as empresas e o cenário macroeconômico.