A mediação docente nas aulas de educação física escolar : a brincadeira como ferramenta de inclusão

Abstract

O trabalho relaciona o papel das brincadeiras com a inclusão no ambiente escolar, tendo sido trabalhadas situações educativas ocorridas em uma escola com uma excelente estrutura e liberdade no que se trata das aulas de Educação Física, sendo a pesquisa realizada em uma turma com 21 alunos, do 5º ano do ensino fundamental. Para a presente pesquisa, o professor assumiu um papel de mediador, no sentido de realizar alterações durante as aulas para que os educandos pudessem comparar uma atividade com fins competitivos ou que privilegiassem determinada classe de estudantes com as mesmas atividades modificadas para que todos pudessem ser incluídos e se sentissem à vontade para participar de todas as brincadeiras propostas. A individualização do aprendizado, através da flexibilização educacional é fundamental para um trabalho de ensino-aprendizagem mais justo e eficiente, e as vivências buscaram a promoção desta através de adaptações nos jogos, mas também através de conversas e do convencimento dos educandos a juntarem-se às aulas, bem como o estímulo à autonomia e à criatividade dos educandos. As brincadeiras, desde que com um correto planejamento e um trabalho de mediação dos docentes, se apresentam como uma maneira eficiente de promover a inclusão, mesmo que para alguns educandos a questão tenha de ser trabalhada com maior paciência e cautela, todavia, em um período tão curto de tempo não é possível afirmar como elas impactam no desenvolvimento de uma maior autonomia de ideias e em um senso de democracia nas aulas de Educação Física.