Análise do sistema hidráulico de combate a incêndio da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília e proposta de atualização

Abstract

A Faculdade de Tecnologia (FT) da Universidade de Brasília (UnB) tem seu abastecimento de água de forma direta, ou seja, não há reservatórios. Deste modo não há uma Reserva Técnica de Incêndio (RTI) deixando o edifício vulnerável em caso de incidência de incêndio e o sistema não ser capaz de atender às pressões e vazões necessárias para o combate ao incêndio até a chegada do corpo de bombeiros. Nesse contexto, a finalidade desse estudo é analisar o atual sistema de combate a incêndio através da medição das pressões na rede hidráulica de combate à incêndio, assim como calcular a RTI e verificar a viabilidade do uso dos reservatórios inferiores localizados no Bloco F, propondo uma concepção de projeto de sistema hidráulicos de combate à incêndio para a edificação. Para que fosse possível a realização das análises aqui propostas foi realizado o dimensionamento do sistema hidráulico de combate à incêndio por meio de hidrantes e mangotinhos e também de chuveiros automáticos, para assim obter às pressões e vazões necessárias para o funcionamento eficiente destes sistemas. Assim como, a realização do cálculo de do volume de RTI para cada um dos sistemas. Para a análise das pressões da rede hidráulica da FT foi instalado um manômetro por um período de 48h. Os resultados do dimensionamento do sistema de hidrantes e mangotinhos foram condizentes com o existente na FT. Já o dimensionamento de sistema de chuveiros automáticos é uma sugestão de atualização para o sistema hidráulico de combate à incêndio. Ambos os dimensionamentos levaram à resultados de volumes de RTI maiores do que a capacidade dos reservatórios inferiores do Bloco F. Logo, estes não podem ser utilizados como RTI para toda a edificação. As pressões medidas na rede hidráulica da FT foram satisfatórias para o sistema dimensionado, sendo ainda mais altas do que o recomendado de 4 0mca. Porém, é importante ressaltar, que durante o período de coleta dos dados a FT, devido à COVID-19 a grande maioria das aulas estavam remotas, diminuindo assim o fluxo de pessoas no edifício e consequentemente o consumo de água.