Aplicação de métodos geoelétricos na identificação de zonas mineralizadas no depósito aurífero de Príncipe-TO

Abstract

O Deposito Aurífero de Príncipe-TO desperta interesse econômico desde o ciclo do ouro em 1724. A geofísica vêm sendo recorrida devido a intensa exploração local, logo trabalhos de reconhecimento em profundidades rasas auxiliam no planejamento de mineradoras. Não há relatos de publicações a respeito de estudos geoelétricos na região, portanto este trabalho busca contribuir com dados de Polarização Induzida no domínio do tempo e de Resistividade. Cinco perfis foram conduzidos perpendicularmente ao trend do lineamento NS. A primeira e a segunda linha foram realizadas com espaçamento entre eletrodos de 10 e 5 metros, sendo que este último visa um maior detalhamento em menores profundidades e a terceira linha foi feita apenas com espaçamento de 10 metros. Três tipos de produtos foram criados para cada perfil: modelo inverso, modelo inverso normalizado e modelo a partir da análise de histogramas. A partir da integração dos resultados, a criação dos modelos geológicos foram possíveis. O granito deformado foi interpretado como as zonas mais resistivas (1000-4000 ohm.m). Na primeira linha foi observado uma possível zona de cisalhamento com aproximadamente 670 ohm.m. As anomalias de cargabilidade relacionadas a possíveis zonas mineralizadas foram interpretadas como maiores que 14 mV/V, as linhas L2’ e L3 apresentaram os maiores valores. Ao todo foram encontradas oito possíveis zonas mineralizadas, todas com profundidades maiores que 6 metros. A presença de baixas concentrações de ouro próximas a superfície sugere uma fraca mineralização de natureza eluvial ou aluvial, enquanto as maiores concentrações se encontram em grandes profundidades, nas mineralizações primárias, disseminados em veios de quartzo e no próprio granito.