Disponibilidade de forragem e características morfológicas de Urochloa brizantha cv. Marandu sob pastejo contínuo

Abstract

Objetivou-se com este trabalho, avaliar a disponibilidade de produção de matéria seca do capim Marandu no período seco e chuvoso. O experimento foi realizado na Estação Experimental da Fazenda Água Limpa (FAL) da Universidade de Brasília, localizada na Vargem Bonita, Setor de Mansões do Park Way – Distrito Federal. As avaliações ocorreram durante os meses de julho a dezembro de 2021, abrangendo parte dos períodos da seca e das chuvas. O trabalho foi desenvolvido em uma área experimental com 12 piquetes de dois hectares cada, mantidos sob lotação contínua com bezerros de corte suplementados a pasto. A cada 28 dias eram coletadas amostras repetindo-se dez vezes em cada piquete, junto a isto, era realizada coleta de simulação de pastejo para determinação da qualidade da pastagem. Para análise dos dados, foram coletados o peso total e o peso dos componentes morfológicos (folhas verdes, folhas secas, hastes e material morto) do material ainda verde. As amostras foram secas em estufa à 55ºC durante 72 horas para análise e determinação do teor de Matéria Seca. Os resultados obtidos da disponibilidade total de forragem, mostraram que em todos os piquetes a quantidade de forragem sempre esteve acima do nível crítico preconizado para pastejo animal, mesmo com a redução da quantidade de matéria seca disponível durante o período seco. Os resultados do período chuvoso, mostram semelhança entre a oferta total e oferta disponível, isso pode ser relativo à elevação na demanda do consumo animal devido ao aumento do peso corporal dos animais. Porém, durante o período chuvoso esperava-se oferta maior de folhas verdes, mas a percentagem de matéria seca proveniente das folhas verdes atingiu seu ponto máximo em dezembro. Houve aumento da matéria seca oriunda das folhas secas no período de julho a setembro, e no período das chuvas essa percentagem foi reduzida. O mesmo resultado ocorreu com a disponibilidade mensal de matéria seca de hastes e do material morto, elevação no período seco e redução gradativa no período das chuvas. Ao final, o capim Urochloa brizantha cv. Marandu expressou boa capacidade de produção de matéria seca no período chuvoso, e para melhorar a produção de forragem no período seco é recomendável fazer-se uma adubação ao final do período chuvoso, para acumular forragem durante o período seco. Entretanto, nos piquetes 1 a 6, bem como o piquete 8, será necessária uma adubação mais precisa, pois sua disponibilidade de Matéria Seca foi inferior aos demais piquetes.