Avaliações da qualidade física da ração peletizada para frangos de corte

Abstract

Para que a carne de frango chegue aos supermercados com a qualidade exigida pelos consumidores, é preciso que a nutrição dessas aves seja precisa e garanta o fornecimento de nutrientes adequados durante as diferentes fases de crescimento e atendendo às exigências nutricionais desses animais durante todo o ciclo de produção. As rações dos frangos passam por vários processos, os quais devem ser criteriosamente monitorados, desde o momento da obtenção da matéria-prima, pesagem, moagem, mistura, peletização e resfriamento. Após sair da fábrica os cuidados devem ser mantidos, pois o transporte incorreto poderá alterar os componentes nutritivos dessas rações. O objetivo do presente estudo foi avaliar as perdas de qualidade das rações peletizadas produzidas por uma indústria e fornecidas para granjas integradas, quanto à integridade física, desde a fabricação até o fornecimento para as aves nos galpões. Amostras provenientes de duas rações para as fases de crescimento (RACX1 e RACX2) e uma para a fase de terminação/engorda (RAFX), foram colhidas após a fabricação, na área de expedição e na linha de comedouro nos galpões de granjas integradas para as avaliações. Foram utilizados dois índices para avaliação da qualidade física da ração, que são a porcentagem de finos e a porcentagem de pellets íntegros (PDI). As amostras colhidas durante o processo de peletização apresentaram valores de finos de 17,2±5,88% e 19,9±6,49% para as prensas 1 e 2, respectivamente. Para a expedição os valores de finos encontrados foram de 22,4±9,72%. Com relação ao PDI, os valores encontrados foram de 88,7±1,89%; 87,5±2,59 e 87,4±2,71. Os resultados das análises realizadas com amostras das granjas apresentaram médias de finos de 56,8±6,69%; 57,1±9,49% e 53,25±8,18% para as coletas no início, meio e final dos comedouros, respectivamente. Quanto aos valores de PDI (%) foram encontradas médias de 78,2±5,69%; 76,7±7,1% e 74,4±7,70%. Conclui-se que, na fase de fabricação, as principais perdas ocorreram entre a prensa 1 e a expedição e foram de aproximadamente 5%. Ainda, as maiores perdas foram identificadas durante o transporte, com valores próximos a 10% de diminuição do PDI e 32% de aumento nas quantidades de finos.