Identificação de plantas resistentes de buva (Conyza spp.) e capim-amargoso (Digitaria insularis) a Glifosato em áreas experimentais da Fazenda Água Limpa/UnB

Abstract

O uso demasiado de herbicidas para controle de plantas daninhas ou dessecação de áreas resulta na resistência ao longo do tempo quando usado de forma repetida e incorreta. Esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de identificar em campo, plantas de buva (Conyza spp.) e capim-amargoso (Digitaria insularis) em diferentes níveis de manejo, resistentes ou não à molécula do Glifosato. O experimento foi conduzido em condições de campo na Fazenda Água Limpa (FAL/UNB), Brasília-DF. Compreendeu o período de 03 a 31 de março de 2022. Foram avaliados três tratamentos: Tratamento 1) Pulverização manual com dose recomendada normal de Roundup Transorb® R de 80 mL para 5 L de água e 10 mL de espalhante adesivo Agral®. Tratamento 1 foi feito em 50 plantas de buva em duas áreas distintas na fazenda, e em 40 plantas de capim-amargoso. Tratamento 2) Pulverização manual com dose dobrada recomendada de Roundup Transorb® R de 160 mL para 5 L de água e 10 mL de espalhante adesivo Agral®. Tratamento 2 teve a aplicação de dose sequencial nas plantas já tratadas de buva no T1. Tratamento 3) Pulverização manual com dose dobrada de Roundup Transorb® R de 160 mL para 5 L de água e 10 mL de espalhante adesivo Agral®. T3 foi feito em outras 50 novas plantas de buva na Área 1 e 40 novas plantas de buva na Área 2. O capim-amargoso recebeu o tratamento 3 em 20 novas plantas. Para ser feita a avaliação em campo após a aplicação do herbicida foram desenvolvidas duas escalas de danos fisiológicos, uma escala para cada tipo de planta daninha, com 5 níveis de injúrias. Para análise estatística adotou-se o número de plantas como número de repetições. Os resultados indicaram, para buva, que a área de cultivo intensivo apresentou maior número de plantas resistentes em comparação a área de cultivo de menor intensidade, provando que o uso intensivo do mesmo mecanismo de ação promove uma pressão de seleção para biótipos resistentes e evolução de resistência. No capim-amargoso não foi caracterizada a presença de indivíduos resistentes numa linha suficiente para identificação de presença de biótipos resistentes.