Título: | Capacidade de detecção do qSOFA e da SRIS como preditores de sepse em cães e gatos |
Autor(es): | Sousa, Júllia Angeline Bezerra |
Orientador(es): | Pereira Neto, Gláucia Bueno |
Assunto: | Septicemia - animais Animais de estimação Gato - doenças Cão - doenças |
Data de apresentação: | 19-Mai-2021 |
Data de publicação: | 15-Set-2023 |
Referência: | SOUSA, Júllia Angeline Bezerra.Capacidade de detecção do qSOFA e da SRIS como preditores de sepse em cães e gatos. 2021. 35 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina Veterinária) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. |
Resumo: | A sepse está associada a altas taxas de mortalidade, por isso é necessário que sua detecção seja mais precoce e confiável. No último consenso para medicina humana em 2016, a força tarefa do Sepse 3 sugeriu o abandono dos critérios da SRIS e a adoção dos escores qSOFA e SOFA como detectores de sepse. O presente estudo teve como objetivo provar a acurácia dos critérios de SRIS e do qSOFA (adaptado para medicina veterinária) para identificar a sepse em cães e gatos. Foram avaliados 1364 prontuários de cães e 320 de gatos, e obtidos os parâmetros necessários para a avaliação completa da SRIS e do qSOFA como preditores de sepse. Foi considerado positivo para sepse 65 cães e 22 gatos, todos com infecção suspeita ou confirmada com uma ou mais disfunções orgânicas, conceito segundo o Consenso Brasileiro de Sepse da Academia Brasileira de Medicina Veterinária Intensiva (BVECCS). Dos 65 cães, 61 animais (93,8%) manifestaram a SRIS, e 34 (52,3%) possuíam critérios para o qSOFA positivo. Dos 22 gatos, 21 preencheram os parâmetros mínimos para a avaliação da SRIS e destes, quatro (19%) foram positivos. O qSOFA foi mensurado em 19 gatos, dos quais seis (31,6%) foram positivos para o escore. A disfunção orgânica mais frequente nos cães foi a neurológica, identificada pela alteração de consciência, e nos gatos foi a metabólica, marcada pela hiperlactatemia (lactato maior que 2,5 mmol/L). O qSOFA demonstrou baixa capacidade para identificar sepse em cães e gatos. Uma das hipóteses para a baixa performance pode estar relacionada ao fato de que as principais disfunções encontradas nos animais estudados não coincidirem com as analisadas pelo escore. Cerca de 61% das disfunções encontradas em cães e 74% em gatos não estão contempladas pelo qSOFA. A SRIS se mostrou mais sensível em cães, entretanto o resultado não foi satisfatório em gatos. Concluímos que o uso do qSOFA como detector de sepse em cães e gatos não deve ser encorajado, e que os critérios de SRIS podem aumentar a suspeita de sepse em cães, indicando a busca imediata pelas disfunções orgânicas para confirmar o seu diagnóstico. |
Abstract: | Sepsis is associated with high mortality rates, so it is necessary an earlier and reliable detection. In the last consensus for human medicine in 2016, the Sepsis 3 task force suggested abandoning the SIRS criteria and adopting the qSOFA and SOFA scores as sepsis detectors. The present study aimed to prove the accuracy of the SIRS and qSOFA criteria (adapted for veterinary medicine) to identify sepsis in dogs and cats. A total of 1364 dog medical records and 320 cat records were analyzed, and the necessary parameters were obtained for the complete analysis of SIRS and qSOFA as predictors of sepsis. 65 dogs and 22 cats were considered positive for sepsis all with suspected or confirmed infection with one or more organic dysfunctions, a definition according to the Brazilian Sepsis Consensus of the Brazilian Veterinary Emergency and Critical Care Society (BVECCS). Of the 65 dogs, 61 of them (93.8%) manifested SIRS, and 34 (52.3%) had criteria for positive qSOFA. Of 22 cats, 21 met the minimum parameters for the assessment of SIRS and four of these (19%) were positive. The qSOFA was measured in 19 cats, which six (31.6%) were positive for the score. The most common organ dysfunction in dogs was neurological, identified by altered state of consciousness, and in cats it was metabolic, marked by hyperlactatemia (lactate higher than 2.5 mmol / L). The qSOFA showed a low capacity to identify sepsis in dogs and cats. One of the hypotheses for the low performance may be related to the fact that the main dysfunctions found in the animals studied do not match with those analyzed by the score. About 61% of the dysfunctions found in dogs and 74% in cats are not covered by qSOFA. SIRS was more sensitive in dogs, however the result was not satisfactory in cats. We conclude that the use of qSOFA as a sepsis detector in dogs and cats should not be encouraged, and that the SIRS criteria can increase the suspicion of sepsis in dogs, indicating the immediate search for organ dysfunctions to confirm their diagnosis. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2021. |
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