Uso de éguas receptoras acíclicas em programas de transferência de embrião : revisão de literatura

Abstract

Com o advento da técnica de transferência de embriões (TE), observou-se alguns entraves para o sucesso do procedimento. O maior gargalo para o êxito de um programa de TE está relacionado as receptoras, tanto a qualidade de características reprodutivas, quanto a sincronização entre doadoras e receptoras. Um dos fatores pelo qual isso acontece, é em decorrência do fotoperíodo da espécie equina, que está relacionado aos períodos de maior intensidade luminosa, e consequentemente, a fatores nutricionais. Éguas doadoras, geralmente, apresentam melhor escore corporal e disponibilidade de alimento nos períodos de seca, fazendo com que iniciem o seu ciclo estral precocemente, enquanto éguas receptoras se encontram ainda em anestro ou período transicional, o que dificulta a transferência do embrião. Sendo assim, várias pesquisas são conduzidas com o objetivo de utilizar estas éguas, ainda acíclicas como receptoras de embrião. Estas mostram que éguas receptoras acíclicas, seja no período de anestro ou transição, podem ser utilizadas nos programas de transferência de embrião quando submetidas a protocolos hormonais que mimetizem o ciclo estral natural. Uma grande diversidade de protocolos é encontrada na literatura, abordando diferentes doses, posologias e intervalos dos fármacos. Dentre as principais diferenças está a utilização de progestágenos, que podem ser utilizados isolados ou em combinação com estradiol. Objetivou-se analisar resultados de estudos de protocolos hormonais que poderiam ajudar a solucionar a falta de receptoras, potencializar o uso do plantel brasileiro, e impulsionar os resultados da técnica de TE.