Revisão bibliográfica : o impacto da atividade física aeróbica em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1

Abstract

Diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica autoimune caracterizada pela perda progressiva das células beta-pancreáticas que irá culminar com a interrupção da produção de insulina e consequentemente desequilíbrio metabólico grave quando não tratado de forma correta. Essa doença é presente em todas as faixas etárias, desde as crianças até os idosos. A atividade física é uma ferramenta importante para o tratamento da diabetes. Cada tipo de exercício gera uma resposta diferente ao organismo. O objetivo desta revisão bibliográfica é analisar o impacto da atividade física aeróbica em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. Foram analisados artigos em periódicos indexados à base de dados Scielo, Pubmed e Periódico Capes publicados a partir de 2008 assim como nas referências dos artigos selecionados. Para a maioria das crianças e adolescentes com DM1, quando introduzida a uma rotina de exercícios físicos, a prática da atividade física aeróbica é bem tolerada. Essa atividade ajuda na manutenção do controle glicêmico desse grupo ajustando os níveis de HbA1c para os níveis previstos ideal para o grupo. Além de melhorar o desenvolvimento motor e mental. Foram encontrados resultados muito positivos quando a prática do exercício tem a intensidade de moderada a vigorosa. Além da melhora cardiovascular, percebeu-se uma relação entre essa intensidade e uma melhora muito significativa na redução dos níveis de HbA1c. Casos de hipoglicemia e hiperglicemia não são raros durante ou após a atividade física aeróbica. Porém, frequentemente, esses problemas metabólicos ocorrem devido à má administração de insulinizações exógenas, taxas inadequadas da insulina ou pelo aumento da sensibilidade a insulina. Conclui-se que a atividade física aeróbica é uma potente ferramenta no uso da manutenção da saúde de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. O exercício físico atua na normalização dos níveis de HbA1c. Os estudos apontaram que uma das maiores barreiras para efetivar um melhor tratamento para o grupo estudado é o sedentarismo. O baixo nível de atividade física desse grupo acaba acarretando em outros problemas como doenças cardiovasculares. Além de que o sedentarismo está ligado a um IMC fora dos parâmetros adequados o que acaba dificultando a manutenção da saúde dos portadores de DM1.