Relação do tempo de uso de tela de smartphone com saúde física, saúde mental, sonolência diurna e nível de atividade física em universitários do curso de Educação Física

Abstract

Introdução: O uso dos meios eletrônicos como telas (smartphone, computador ou tablet) tem sido reportado como uma das principais causas associadas ao sedentarismo por parte de universitários, pois o uso em excesso do smartphone pelos universitários é real e especulam que podem influenciar o nível de atividade física e da saúde mental. Objetivo: verificar relação entre força muscular, equilíbrio, flexibilidade, níveis de ansiedade, qualidade de vida, nível de atividade física e sonolência diurna com a dependência do uso de smartphone em universitários do curso de educação física da universidade de Brasília. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, descritivo e correlacional. Foi recrutado um total de 54 indivíduos, universitários do curso de educação física. Os indivíduos responderam aos questionários enviados online, sobre qualidade de vida (WHOQOLbref), da ansiedade (Inventário de Ansiedade de Beck – BAI), Escala de Dependência de Smartphone (EDSP), nível de atividade física (IPAQ- versão curta), sonolência diurna Escala de sonolência diurna (EPWORTH) e anamnese (dados sócios demográficos e aspectos gerais de saúde). Os testes físicos serão: Teste de força de preensão palmar, teste de flexibilidade de sentar e alcançar no chão e o teste de equilíbrio em “Y”. Composição corporal foi aferida com uma balança digital e estatura por meio do uso de fita métrica adaptada à parede. Para análise dos dados de medidas quantitativas as relações foram testados por meio do coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman a depender do resultado do teste de normalidade de Shapiro Wilk. E a comparação das variáveis quantitativas entre homens e mulheres foi por meio do teste “t” independente ou pelo teste de U-Man-Whitney ahite depender do teste de normalidade. Resultados: Os achados revelaram que o uso em excesso de Smartphone está associado com maiores níveis de ansiedade e sonolência diurna em universitários do curso de Educação Física. Maiores níveis de dependência do aparelho se mostraram associados com a falta de flexibilidade e com a dor na coluna vertebral. Não houve correlação significativa entre EDSP e os atributos físicos IMC, FPP e equilíbrio, sugerindo que a prática de atividade física é um fator protetivo para o desempenho físico quando observado pelo uso excessivo do Smartphone. Não foi encontrada uma associação significativa entre as categorias de dependência do uso de Smartphone e o sexo dos participantes. Conclusão: O uso demasiado de Smartphone está relacionado com a ansiedade, com a sonolência, com a qualidade de vida, com dores na coluna vertebral e com a flexibilidade de jovens universitários