Experiências desiguais no viver : direitos sexuais e reprodutivos na adolescência a partir da interseccionalidade de opressões

Abstract

A pesquisa consiste no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Serviço Social apresentado à Universidade de Brasília (UnB). Tem como objetivo compreender os desafios enfrentados pela equipe do Adolescentro (DF) para garantia de direitos sexuais e reprodutivos na adolescência a partir da interseccionalidade de opressões. A hipótese desta pesquisa considera que, profissionais de saúde inseridas em equipes multidisciplinares, têm encontrado desafios para destrinchar demandas com características interseccionais rebatendo na garantia de direitos sexuais e reprodutivos. O ambulatório em saúde menta da Atenção Secundária analisado é o Adolescentro (DF), visualizando os desafios de acesso desde o acolhimento até a alta do serviço de saúde a partir diante de demandas com características interseccionais. A coleta de dados se dá por meio de um roteiro de entrevista semi-estruturada a fim de dialogar com os profissionais, pontos de vista e práticas profissionais a respeito dos desafios para garantia de direitos sexuais e reprodutivos na adolescência – proposta de temática apresentada neste trabalho. A análise desses dados utiliza o método de dedução frequencial e análise de categorias temáticas. De acordo com Caregnato e Mutti (2006), este método passa pela pré-análise - onde um prévio questionário é aplicado para avaliar a disponibilidade das profissionais em participar das entrevistas diante da pandemia COVID-19 - exploração do material e o tratamento dos resultados. Os resultados desta pesquisa apontam a interseccionalidade como trincheira analítica, prática e instrumental rumo à garantia de direitos sexuais e reprodutivos. As perspectivas afro-diaspóricas tecem, de forma central, reflexões que apontam a justiça reprodutiva como um horizonte para estudos futuros e acolhimento de demandas de violência nesta área temática.