Práticas seguras no uso de medicamentos entre pacientes com doença celíaca

Abstract

A Doença Celíaca é caracterizada por uma falta de ordem sistêmica, imunomediata, em indivíduos predispostos que são afetados ao entrarem em contato com o glúten e suas prolaminas, como o trigo (gliadina), a cevada (sevalina) e o centeio (hordeina). A doença tem manifestações clínicas sintomáticas, assintomáticas e que não apresentam sintomas clássicos. O tratamento é composto por uma dieta livre de glúten para controlar os possíveis sinais e sintomas da doença. De 20 a 80% dos pacientes que retiram da sua dieta o glúten, continuam a sentir os sintomas. Isso acontece pela ingestão sem intenção do glúten que por algum motivo foram contaminados. Isso também ocorre com a rede de medicações. Segundo a Resolução RDC nº 137, de 29 de maio de 2003, os medicamentos devem ter no rotulo uma advertência de que contém o glúten ou contraindicações para portadores da Doença Celíaca. Esta é uma pesquisa transversal de caráter descritivo e visa identificar fatores de risco nas medicações usadas por portadores da doença e sintomas prevalentes dos mesmos. A classificação estabelecida para o método usado foram as cores. Verde, amarelo e vermelho. Os medicamentos listados na lista vermelha, são os proibidos, que contém glúten. Os medicamentos listados na lista amarela, são os duvidosos, de origem não conhecida. E os medicamentos da lista verde, são os permitidos, livres de contaminação. O total foram 165 medicações analisadas, sendo que 41% na classificação verde, 124% amarela e zero vermelha e os sinais e sintomas mais prevalentes foram os gastrointestinais ressaltados na pesquisa dos participantes.